segunda-feira, 15 de novembro de 2010

EMBAIXADOR DO PAÍS DAS MARAVILHAS

ROBERTO CARLOS RAMOS é uma exceção nas estatísticas brasileiras.

Viveu dos 6 aos 13 anos de idade longe da família como interno da Febem.

Analfabeto, usou drogas e roubou nas ruas de Belo Horizonte.

Teve 132 fugas registradas no seu prontuário e foi considerado "um caso irrecuperável".

Mas ao contrário do que acontece com milhões de crianças e adolescentes em situação semelhante, não caiu na marginalidade. Aos 13 anos foi adotado por uma francesa que se negou a acreditar que uma criança como ele pudesse ser um caso perdido.

Marguerit Duvas provou que estava certa.

Com ela, Roberto aprendeu a ler e a escrever, a falar francês e, principalmente, a dar e receber afeto.

Aprendeu a ter autoestima e autoconfiança.

Na França, descobriu a arte de contar histórias.

De volta ao Brasil, se formou em Pedagogia e acabou se tornando o que ele mesmo define como o Embaixador do País das Maravilhas.

"Existem muitos robertos espalhados por aí. O que fazer? prá onde vão? quem os acolherá?"
 
Da série: perguntas que não querem calar. Pense nisso!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário