sexta-feira, 31 de maio de 2013

Como Discordar sem Brigar?


esperanca.com.br
Vivemos em um mundo de comunicações: internet, fax, telefones/celulares cada vez mais sofisticados e televisão, dentre outros aparelhos, perfazem a poderosa mídia, mas paradoxalmente, entre as pessoas, a regra é o mal-entendido, e a exceção é a comunicação. No interior das famílias, falta-nos reaprender algo que talvez um dia, na infância, soubéssemos fazer: comunicar o que sentimos.
Um marido de meia idade deixou o trabalho mais cedo e foi para casa preparar um jantar especial para a esposa. Dispensou a empregada mais cedo, cuidou das crianças e foi para a cozinha preparar o jantar. Ele queria surpreender a mulher. Quando a mulher chegou a casa, viu a sala arrumada, a mesa pronta, o ambiente suavemente iluminado à luz de velas, sobre a mesa um belo e delicioso jantar. Ela foi até a cozinha e saiu de lá com um pano de prato nas mãos, sujo de gordura. Ruidosamente chamava a atenção do marido para o pano de prato sujo e fora do lugar: como ele pôde fazer aquilo!… A questão deixou de ser o jantar, para se tornar um problema em torno de um pano de prato, sujo de gordura. Como essa esposa não pôde ver o jantar!…
Em outra situação, uma filha adolescente confidenciou à mãe que estava gostando de um garoto da escola. A mãe, um pouco descuidada com a observação respondeu: “você está muito gorda, ele não vai querer você assim”. Depois disso, a filha se retraiu, evitou contar os seus “segredos” para a mãe e passou a contar, apenas para as amigas. A filha adolescente que buscava a cumplicidade da mãe transferiu tal cumplicidade, para as amigas.
As duas histórias podem paralisar as relações das pessoas envolvidas e, inclusive, destruir as relações. Considerando as proporções de cada caso, assim como o longo conflito entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte, onde cada lado acredita estar certo, o mesmo também se passa com as pessoas. Todos acreditam que estão certos. Vamos analisar os fatos a partir de uma teoria. Todo fato tem um contexto seguido de seu relato que é dado por um observador. O contexto do fato e o contexto do relato podem ganhar significados diferentes, dependendo dos interlocutores e da situação em que ocorreu.
Quando nos comunicamos, não estamos apenas transmitindo informações, mas, ao mesmo tempo, sugerindo para um outro qualquer, uma forma de nos perceberem. Estamos, sobretudo, falando de nós mesmos, ainda que estejamos falando de uma situação. O que contamos é, ao mesmo tempo, a manifestação de nossa identidade que busca afirmação na concordância do interlocutor. Procuramos no outro a confirmação de nossa imagem, a imagem que desejamos transmitir: queremos que pensem sobre nós ou que nos vejam do jeito que pensamos e nos vemos. É evidente então que mudando o interlocutor, pode mudar o relato. A questão é que não somos apenas pessoas (Carlos, Maria, Joana, etc.), nós somos também, as nossas relações, nossos sonhos, nossa história, com as alegrias, as tristezas, as verdades que dizemos que podem ser mentiras e essas mentiras, podem ser verdades, desde que se mude a perspectiva. Tudo está relacionado com as relações que temos com os outros. Muitas vezes podemos dizer que estamos bem ou que estamos muito mal, depende do lugar e de quem será o nosso interlocutor. Para sermos o que somos ou pensamos que somos, dependemos significativamente dos outros. Quando narramos um relato estamos falando de nós mesmos. Quando falamos estamos demarcando o nosso território psicológico, estamos em busca de auto-afirmação e do reconhecimento de nossa identidade. Essa auto-afirmação assegura o desenvolvimento e a estabilidade mentais. Mas é claro que assim como os outros podem confirmar nossas qualidades, podem também nos rejeitar e nos desconfirmar. Assim como buscamos nos outros a confirmação de nossas qualidades, de nossa auto-imagem, corremos também riscos de nossa total desconfirmação, e de cairmos na baixa auto-estima. Por isso, falar é fácil, mas se comunicar é uma “ciência” complexa.
Seguindo determinações biológicas, os animais se comunicam com precisão absoluta, pelo menos quando seus órgãos sensoriais se encontram em perfeito funcionamento. O biólogo Humberto Maturana (2001), pesquisando as condições em que se processa a cognição, observa o comportamento das salamandras. Diz o cientista que, “quando pomos um bichinho na frente da salamandra, ela lança sua língua e o captura”, ou seja, entre a minúscula estrutura cerebral da salamandra e o bichinho na exterioridade, há uma correlação objetiva entre interior e exterior que garante uma regularidade nesse ato comunicativo. O mesmo acontece com a dança das abelhas, que comunica ao seu núcleo, as fontes de néctar. O caminhar errático das formigas, que distribuem feromônios pelo caminho, são formas de comunicar uma espécie de endereço que leva aos alimentos. Esses pequenos animais estão se comunicando a partir de seu cérebro em relação ao meio exterior. Fazem isso com precisão, mas no “escuro”. Maturana em, Cognição, Ciência e Vida Cotidiana, lembra de uma pescaria de trutas: “um anzol com peninhas… aí vocês jogam o anzol de tal maneira que ele passe apenas roçando a superfície da água. E a truta que está ali salta e, depois de agarrar o anzol, diz: ‘Ah! Claro… me pegaram’. A truta não pode distinguir entre ilusão e percepção” (MATURANA, 2001, p. 26). Se a truta distinguisse um inseto de um anzol com peninhas que imitam o inseto não haveria pesca de trutas dessa maneira. Qual a diferença entre o comportamento animal e o comportamento do homem? Maturana defende que, tanto os animais citados acima, quanto os homens, não sabem distinguir entre ilusão e percepção na experiência. O marido não pôde perceber a mensagem do pano de prato; a esposa não percebe a mensagem do jantar. A mãe, não percebe a mensagem da filha que, ao sentir-se desejada, quer também a validação afetiva da mãe; a filha não pôde entender o desespero da mãe. É como se todos ao invés de falar a verdade sobre o que sentem, estivessem mentindo. É uma questão de impossibilidade humana, trata-se de uma limitação entre o real das coisas e as palavras. No caso dos animais, eles dependem de um tempo, onde ocorre uma mutação adaptativa para aprenderem um novo comportamento. No caso dos humanos, dependemos da produção de uma linguagem sempre nova. Por isso, a idéia de que há sempre outras possibilidades de nos entendermos ou de recomeçar do ponto onde paramos. O que muitas vezes esquecemos é que nós falamos, e é o que faz toda a diferença. Por que falamos, podemos transformar a realidade e reinventar modos de vida. Diz o biólogo: “não podermos distinguir entre ilusão e percepção na experiência é uma condição constitutiva dos seres vivos. E tanto é assim que, inclusive, temos palavras que implicam essa incapacidade de distinção, e estas são erro e mentira. Quando se diz a outra pessoa: ‘você mente’, o que se diz é: ‘no momento em que dizia, você sabia que o que dizia não era válido’. Mas quando alguém diz: ‘eu me equivoquei’, o que diz é: no momento em que disse o que disse, eu tinha todos os motivos para pensar que o que dizia era válido’, quer dizer, não sabia que o que dizia não era válido, mas o sei a posteriori” (Idem). Ou seja, só podemos distinguir um equívoco depois da experiência, sendo que tal experiência depende de uma explicação, de uma linguagem. Nós “mentimos” durante a experiência, ou seja, já sabemos a priorísticamente da mentira, ao passo que o equívoco não pode ser percebido a não ser a posteriori. Nos dois casos, na mentira e no equívoco, temos a elaboração da linguagem. Existimos na linguagem. Não há modo de nos referirmos ao mundo a não ser explicando-o por meio da linguagem. Daí, nós nos separamos da pura natureza instintiva dos animais. Um animal quando se mimetiza, está mentindo para dizer a verdade ou está dizendo a verdade mentindo. Podemos estender a mão com uma precisão matemática para pegar um copo d’água, assim como a salamandra captura com a língua o seu alimento, mas não temos a tradição de nos perguntarmos por que fazemos isso. “Se não me faço a pergunta, vivo na deliciosa ignorância” em relação a maior parte das coisas que me acontecem. E a dificuldade não está em pegar a água, mas de explicar as coisas e os acontecimentos do entorno. Faltam, nos dois exemplos citados, marido-mulher e mãe-filha, saírem do escuro para praticarem o jogo lúdico da oficina das palavras. Fazer perguntas sinceras sobre o sentimento de um e de outro. Viver instintivamente é difícil, repetir gestos e comportamentos é muito simples, os animais o fazem. Aqui encontramos a nossa questão, no ponto em que nos distinguimos dos animais e deles nos distanciamos. É, também, o momento em que nos tornamos complexos e quando complicamos as nossas relações. Quando começamos a simbolizar o mundo, as emoções, os pensamentos e os sentimentos e deixamos, ao mesmo tempo, a possibilidade de retorno ao estado animal de contato com o mundo. As palavras não são signos transparentes e perfeitos. Elas não têm o contato e a plenitude da presença dos objetos a um tempo, elas são signos arbitrários, não têm o poder de representar a realidade a que se refere. Ao mesmo tempo em que residimos na linguagem, perdemos o paraíso que sem ela submergiríamos em plena ignorância. Uma outra condição que dificulta a nossa comunicação é o fato de olharmos e ouvirmos em perspectiva. Não podemos nos livrar da condição de observadores e tal condição faz com que olhemos o mundo em perspectiva. Olhamos, escutamos, sentimos e nos expressamos a partir de nossas perspectivas. Estamos condenados ao perspectivismo e não há outra maneira de ser. É do alto de nosso corpo, com as faculdades dos sentidos que aprisionamos o mundo, as pessoas, as coisas e os acontecimentos. Tudo é perspectiva. Quando discordamos, é de uma perspectiva para outra.
No primeiro caso, faltou ao marido a capacidade de ver a perspectiva da esposa. O que ela queria “dizer” com a queixa do pano de prato? Falta à esposa “ler” a perspectiva do marido. O que ele quer “dizer” com o jantar? Cada um quer “dizer” alguma coisa que ainda não “pode” dizer de maneira mais precisa. Com a ajuda da psicoterapia, ela diz: “eu não quero que ele vá para casa mais cedo, nem que faça jantar, ou que cuide das crianças. Nós temos empregados para esse tipo de coisa. Estou cansada de dizer a ele que precisamos sair, viajar, dormir fora, fazer amor…”.
O marido se justifica: “estou cansado, sem desejo, sem vontade de sair. Pensei que fazendo esse tipo de coisa, pudesse substituir uma coisa por outra”. Eles não conseguiam falar sobre essas dificuldades, é como se fosse uma derrota, uma humilhação. Cada um gostaria que o outro percebesse isso sem que fosse preciso dizer.
No segundo caso, a mãe diz: “é que tenho medo que minha filha inicie uma vida sexual prematuramente, que engravide, se perca na vida espiritual…”.
A filha relata que a questão não é sexual, trata-se de aceitação. Um menino da escola demonstrou simpatia, com isso a menina se sentiu amada. Neste caso, a filha quis partilhar com a mãe os seus segredos e suas experiências e obter também o afeto da mãe. Falta-nos a capacidade para compreender o que não está sendo dito. A adolescente, de certa maneira, quer dizer: “olha mãe, mesmo estando um pouco gordinha, tem um menino que está gostando de mim”. E a mãe preocupada, gostaria de ter dito: “estou com medo de você descobrir o sexo antes da hora”.
O marido quer dizer: “estou sem desejo, não quero fazer sexo em lugar nenhum, estou cansado, estressado, por isso, tento agradá-la fazendo o que fiz”.
E a mulher, com o pano de prato na mão, deveria ter dito: “não é nada disso, nenhum jantar vai resolver a nossa questão. Precisamos descobrir uma outra saída para as nossas dificuldades, precisamos aprender a falar sobre nossos problemas”. John Gray em Men are from Mars, Women are from Vênus (1992), diz que as mulheres querem falar a partir dos seus problemas; os homens querem falar da solução dos problemas, só que a matriz da solução dos problemas dos homens não é a mesma com que as mulheres falam de seus problemas. Os problemas emocionais têm uma outra lógica, trata-se de uma lógica subjetiva. A matriz de pensamento do homem está marcada pela subjetividade patriarcal. Os homens, na infância, ganharam como presentes, carros e bolas de futebol. Numa lógica que aponta para o exterior e acompanha a anatomia do órgão genital, o homem, desde muito cedo, é lançado em direção ao mundo exterior. A mulher, da mesma sociedade falocrata, é educada sob uma matriz oposta. As meninas ganham bonecas, fogõezinhos e panelinhas, indicadores de uma outra subjetividade. Aprendemos a andar lado-a-lado, mas sem possibilidades de nos encontrarmos. Os encontros de intimidade afetiva só existem a partir de construções na linguagem. Precisamos aprender, urgentemente, a falar de sentimentos e com sentimentos. Pais e filhos, maridos e mulheres, ainda nos resta resolvermos essa questão. Olhamos, mas nem sempre enxergamos, não percebemos o que o outro quer nos mostrar. Ouvimos, mas não escutamos, nem compreendemos o que quiseram verdadeiramente nos dizer. Falamos muito, sobre muitas coisas, mas quão pouco dizemos, ou, mesmo comunicamos sobre nossos sentimentos: desejos, medos, vontades, sonhos, etc. Como diz Peter Drucker, “O mais importante em comunicação é ouvir o que não está sendo dito.” E falando psicanaliticamente, a verdade se esconde entre as brechas da fala. É na dificuldade de falar que se encontra o maior sentido do ouvir.
Clécio Branco
Psicólogo
Mestre em Filosofia
Doutorando em Filosofia

O que mais contribui para o fim do casamento?


Se tivesse apenas uma frase para responder ao título, citaria o Salmo 127:1, onde Salomão, o homem mais sábio que já viveu, diz que “se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam”. Neste caso, o fracasso de uma relação teria o seu motivo centralizado na ausência de um Construtor – o Senhor. Salomão, inspirado por Deus, está querendo nos dizer que para uma casa, um lar ser solidamente edificado, é preciso convidar ao Senhor para construí-lo. E isso deve começar a acontecer já no namoro. É nesta fase que os dois devem começar a orar juntos (por mais embaraçoso que possa parecer a princípio), e partilhar de momentos devocionais a dois. Depois do casamento, se essa estrutura espiritual não for sólida o suficiente, pode rachar e ruir diante dos conflitos e problemas que abalam a toda e qualquer família durante o seu ciclo vital.
Entre as crises naturais que geralmente abalam o relacionamento de um casal, e que constituem parte natural do ciclo vital da família, estão o próprio casamento (com a necessidade do estabelecimento de novas regras de convivência, etc.), o nascimento de um filho (ou de mais um filho), a adolescência de um ou mais filhos, a menopausa ou a controversa andropausa (com o fantasma da disfunção erétil) e a saída dos filhos de casa (esta é a conhecida síndrome do “ninho vazio”). Além dessas crises, existem outras circunstâncias, não comuns ao ciclo vital, mas que também podem afetar a vida familiar, como o desemprego de um ou dos dois cônjuges, a morte de um membro da família, crise financeira, doença grave ou incurável, o nascimento de um filho com deficiência ou a mudança de toda a família para outro lugar (pastores, militares e gerentes de banco sabem muito bem o que isso significa…). E não podemos deixar de citar as causas popularmente mais conhecidas para a separação como a famosa “incompatibilidade”, agressões físicas, a infidelidade por parte de um (ou dos dois), abuso sexual dos filhos e a “perda” do amor. Mas será que qualquer um desses motivos, diante de Deus, seria desculpa aceitável para a separação? A resposta, na maioria dos casos, deveria ser um firme não, mas em outros, precisamos reconhecer que não é fácil.
Por falar em “perda do amor”, esta causa acaba sendo uma das mais citadas simplesmente pelo fato de que todas as anteriores acabam desembocando nela. É por isso que, aparentemente contradizendo o que foi afirmado no início do texto, poderíamos dizer que o que mais contribuiria para o fim de um casamento seria então a tal perda do amor. Na verdade, o que se verifica é que o que mais contribui para a perda do amor dentro de uma relação é o fato de que hoje o verdadeiro amor não é mais conhecido nem reconhecido. À exceção de uns poucos felizardos, quase ninguém mais sabe como ele é! E, de acordo com uma das máximas da comunicação, aquilo que não é visto, não é conhecido e portanto não existe. Como poderia alguém conservar, cuidar ou até procurar um objeto que nunca tenha visto? Procurar um livro acerca do qual você nada sabe, nem mesmo a cor da capa, o assunto, ou o título, seria uma tarefa virtualmente impossível. Poderia até ser que você o encontrasse por acaso, mas não iria reconhecê-lo, e, possivelmente, sem saber o desprezaria! E, então, como pode alguém manter o amor dentro do casamento sem saber como ele é?
Bem, o amor verdadeiro, como é descrito na Bíblia, não é algo que mora com os homens. A experiência do amor verdadeiro é uma impossibilidade para um ser humano normal, que não anda com Deus. Isso que as pessoas sentem por aí pode até ser parecido com amor, mas ao fim percebe-se que tem muito mais de egoísmo que de amor. Ellen G. White, já há dois séculos, dizia que o oposto do amor não é o ódio, como muita gente pensa, mas sim o egoísmo (veja, por exemplo, Mente, Caráter e Personalidade, p. 205, 206, 562 e 606). Os relacionamentos do mundo moderno, dos filmes e das novelas, estão muito mais baseados nos sentimentos momentâneos do coração egoísta e pecaminoso do que nos altos e puros princípios do amor, como estão explicados na Palavra de Deus. A miséria e o sofrimento que têm assolado quase que gerações inteiras, como a nossa, têm como causa certa a imitação consciente ou não desses padrões inapropriados do assim chamado “amor”. E, mesmo assim, tem muita gente aconselhando por aí: “Você tem mesmo é que seguir o seu coração!” Mas como seguir meu coração, isto é, meus sentimentos (que mudam de uma hora para a outra), se a Bíblia diz que “enganoso é o coração do homem, desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?” (Jr 17:9). Seguir apenas os sentimentos de um coração pecaminoso, sem Deus, não é apenas loucura. É crueldade para consigo mesmo e para com os outros.
Portanto, você e eu precisamos saber que o verdadeiro amor não é um sentimento apenas, ou uma atração louca e irresistível, irracional até. Essa ideia é fruto do pecado, da mídia moralmente comprometida, das novelas e dos sonhos de uma Hollywood sem Deus. O verdadeiro amor, na verdade, é uma parte do caráter de Deus, que Ele dá a cada dia, pela manhã, para Seus filhos, quando eles O buscam em família e em particular, através do culto familiar, da oração, da meditação e da leitura da Bíblia. Esse amor não tem em vista apenas seus próprios sentimentos, direitos e necessidades, mas em primeiro lugar os sentimentos, necessidades e direitos dos outros (Filipenses 2:3 e 4). Na verdade, como diz John Powel, “amor é um compromisso incondicional com uma pessoa imperfeita”. E é verdade: sem esse amor, não existe casamento que resista. E se durar, dura apenas para matar, para maltratar e traumatizar, e para mostrar aos filhos que, pelo menos para os pais, Deus não existe! Porque “aquele que não ama, não conhece a Deus, porque Deus é amor”!
Marcos Faiock Bomfim
Fonte:www.outraleitura.com.br

A arte do perdão


Perdão 

1.         Uma necessidade que pode ser suprida

A mãe de Lucas estava muito preocupada com ele. Eles já haviam ido a vários médicos, mas nada parecia fazer com que a ferida no joelho de Lucas sarasse. Ele havia se esfolado numa queda de bicicleta, meses atrás, mas por mais que tratasse, aquele machucado permanecia aberto.
Porém um dia, aquela mãe cuidadosa flagrou Lucas. Ele levou um susto! Mas não tinha mais jeito, agora sua mãe sabia que ele descascava a ferida!
- Por que você está fazendo isso, menino?
Lucas não sabia responder o porquê de estar cometendo um ato do qual se envergonhava muito. O prejudicado era ele.
Muitos de nós, adultos, costumamos fazer, com a nossa saúde emocional, exatamente como o que Lucas fazia com o seu joelho, quando deixamos que a amargura seja alimentada no nosso interior. Primeiro acontece algum atrito no relacionamento. Depois, em vez de resolvermos a questão, deixamos que a mágoa fique nos remoendo.
Quando não perdoamos, o mais prejudicado não é a outra pessoa; o sofrimento é reforçado em nós. Não perdoar faz com que sentimentos como ódio, mágoa e ressentimento perdurem. Isto contribui negativamente para nossa saúde mental, física e espiritual. Elas estão intimamente ligadas.
Muitas vezes, temos dificuldade em dar ou receber perdão. Se você não tem muita facilidade em perdoar, provavelmente terá, também, dificuldade de se aceitar perdoado. Portanto, vamos aprender a arte do perdão.

2.         O que é o perdão?

É o remédio para os atritos de relacionamentos entre as pessoas. A arte de saber perdoar e receber o perdão é uma mágica que faz com que os relacionamentos sejam duradouros. Na realidade, o perdão é um processo de cura que promove a saúde em todos os seus aspectos. Através do perdão, você faz as pazes com o passado, dá espaço para que a alegria se instaure no presente e adquire esperança para o futuro.
Esta arte consiste, basicamente, na remoção da culpa. É o abandono do ressentimento, na intenção de mudar a posição de culpado que o ofensor recebe e dar a ele a condição de aceito. É como cancelar débito, retirar queixas ou curar feridas. Enfim, é a reconciliação entre duas ou mais pessoas, do mais profundo do coração.

3.         Como ele acontece

Às vezes, perdoar pode ser simples, mas muitas vezes, pode ser um processo. Para perdoar é preciso decidir. Sim! O perdão não acontece por acaso. Então, é preciso escolher ter o respeito próprio para não mais: a) fazer mal a si mesmo; b) ser pisoteado por outra pessoa, e ter respeito pelo outro também sem prejudicá-lo com suas atitudes ou comportamentos.

3.1 Quando você ofende

Perdão não envolve somente o ato de perdoar, mas também o de pedir perdão. Ambos são importantes para o nosso desenvolvimento pessoal e espiritual como filhos de Deus. Para pedir perdão, é importante que você:
1) Reconheça o seu erro;
2) Esteja sinceramente arrependido;
3) Peça, em primeiro lugar, perdão a Deus;
4) Peça perdão à pessoa que você ofendeu;
5) Procure reparar o erro ou os danos causados;
6) Esforce-se para não repetir a falta.
Pode ser que, embora você seja cuidadoso em seguir todos os detalhes deste processo, você ainda não consiga receber o perdão. Mas não permita que isso lhe deixe abatido:
  • Caso o ofendido não lhe perdoe, sinta-se você, perdoado. Se a pessoa vai perdoar ou não, não é responsabilidade sua. Uma vez que você tenha feito sua parte com sinceridade e amor, não deve se sentir culpado pela indisposição do outro em perdoar. Se o reconhecimento do erro, o pedido de perdão e a possível reparação já foram feitos, a resposta agora cabe à outra pessoa.
  • Correr atrás do perdão de uma pessoa geralmente não vale a pena, se você já conversou com ela e já pediu perdão. Corremos o risco de ser pisados mais uma vez. O melhor é manter uma postura digna de aceitação da pessoa, mesmo com os traumas que ela possa ter ou demonstrar. Mas não deixe que o seu comportamento seja para ela uma provocação, caso ela não queira perdoar você. Existem pessoas que só se recuperam de uma ofensa com o passar do tempo. Ore por esta pessoa sempre. E espere Deus agir ao longo do tempo. Algumas frases que podem ser úteis são as seguintes: “Se precisar de alguma coisa, conte comigo”; “Estou orando por você”; “O que posso fazer para obter [especifique seu desejo ou necessidade] de você?”; “Apesar das minhas falhas pessoais, estou procurando estar no reino eterno de Cristo e desejo que você também esteja lá”.
perdaoUm outro problema que pode acontecer é não perdoarmos a nós mesmos, ainda que tenhamos recebido o perdão de Deus e da outra pessoa. Mesmo que o seu erro traga conseqüências eternamente dolorosas, você precisa aceitar que foi perdoado. Isto não é entusiasmar-se com a desgraça. Isto é amar a si mesmo, na medida em que Deus deseja. Você pode até sentir tristeza pela existência de algum mal, mas, apesar disso, deve aprender que sempre existe a chance do recomeço. Na arte do perdão, devemos aprender a separar duas coisas: conseqüência e culpa. A consequência, não podemos evitar; mas a culpa, não precisamos carregar.
É importante que, após o reconhecimento do erro e de pedirmos o perdão a Deus, também nos perdoemos! Se não nos perdoarmos, ficaremos “remoendo” o erro, por mais que já tivermos recebido o perdão da outra pessoa e de Deus. E isso não é bom!

3.2 Quando você é o ofendido

Ao contrário do que muitos pensam, o perdão não é uma complacência com o erro. Quando perdoamos ou quando pedimos o perdão, não estamos concordando com o erro (do outro ou nosso), mas aceitando que o fato aconteceu. Aceitamos a falibilidade do ser humano, apesar de não nos acomodarmos com ela.
Quando tratamos as pessoas melhor do que elas merecem, estamos seguindo o exemplo de Jesus. Pesquise sobre todos os relacionamentos que Ele teve e analise como Ele perdoou. Jesus não suprimia da verdade uma palavra que fosse, mas sempre falava com amor. Em Seu convívio com o povo, exercia o maior tato, dispensando-lhes atenta e bondosa consideração. Nunca era rude; jamais pronunciava desnecessariamente uma palavra severa; nunca motivava dores desnecessárias a uma alma sensível. Ele não censurava as fraquezas humanas.

Tomando a iniciativa

Tem gente que guarda ressentimentos por causa de uma discussão, um mal-entendido ou mesmo por uma necessidade não percebida pelo companheiro. Então, fica esperando que o(a) companheiro(a) toque no assunto, para então, “conceder perdão” ao “ofensor”.
Bruna estava bem doente. Ela contou à Gabriele, sua amiga, que não estava falando com o marido há três meses. Eles haviam tido um desentendimento a respeito da compra de um imóvel. E a posição daquela esposa era a de não voltar a conversar com o marido, a menos que fosse procurada primeiramente. “Porque é o Felipe quem me deve desculpas”, ela dizia. A resistência em demonstrar amor estava agravando o estado de saúde da Bruna.
Gabriele insistiu com Bruna, que ela deveria procurar o marido para resolverem a questão, e ela assim o fez. Veja a surpresa: o marido agradeceu à esposa por procurá-lo e foi o primeiro a pedir perdão. Os dois saíram ganhando. O mal-entendido foi resolvido, e quando Felipe e Bruna recuperaram a felicidade no casamento, a saúde física dela também foi recuperada.
Quando tomamos a iniciativa de conversar sobre os nossos sentimentos feridos, estamos contribuindo para a nossa própria saúde mental e para uma maior harmonia conjugal.

Esquecendo?

Perdoar não é esquecer, no sentido de apagar a ofensa da memória. Perdoar é esquecer no sentido de apagar a condenação. Você ainda vai lembrar do que aconteceu, mas não deixe que a recordação continue a lhe machucar. Apesar de ainda ter o registro do caso no cérebro, não deixe que ele prejudique mais o seu relacionamento com o perdoado, pois já houve o perdão. “Sejam amáveis e prontos em perdoar; jamais guardem rancor” (Colossenses 3:13 – BV).
Se você perdoou, sepulte a ofensa e nunca mais use sua língua para reabrir o túmulo. Quando as lembranças vierem e você sentir um ressentimento apontando, corte o pensamento pela raiz. Decida isto! Não descasque a ferida. Reconstrua o relacionamento.

Aceitando quem ofendeu você

Mesmo sabendo que a pessoa tenha agido de forma errada, transmita-lhe amor na medida em que você for conseguindo. Abrace – em todos os sentidos possíveis da palavra – o ofensor, dando-lhe um sorriso que substitua palavras. Continue a admirar e a respeitar esta pessoa que é alvo do seu amor.

Cultivando o hábito

Faça da prontidão em perdoar, um estilo de vida. Se você tiver a iniciativa de perdoar como um princípio estabelecido no seu modo de viver e de encarar todos os níveis de relacionamento, no dia em que for magoado profundamente, estará mais forte emocionalmente para sair dessa com menos dificuldade. As pequenas ações de perdão no dia-a-dia e a manutenção contínua da limpeza de coração, é que vão lhe ajudar nisso. Portanto, perdoe a todos, sempre, até mesmo nas pequenas coisas. Perdoe os seus pais, os seus irmãos, os seus parentes, o cônjuge, os seus vizinhos, amigos, colegas, irmãos de igreja e, até mesmo, os desconhecidos. Você não terá nada a perder. Apenas ganhará habilidade, e talvez até o título, de um grande perdoador. Faça “todo o possível para viver em paz com todos” (Romanos 12:18).

Conclusão

Todos nós temos dificuldade em dar e receber perdão. Mas é importante que você lembre de duas coisas:
Deus é Aquele que está disposto a nos dar a cura interior, sempre que vamos a Ele, sinceramente arrependidos: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1João 1:9).
Assim como o Senhor nos perdoou, devemos perdoar uns aos outros (Colossenses 3:13). Vamos seguir o exemplo do Mestre? A nossa próxima lição é sobre como ter Jesus em nosso lar. Que Ele abençoe a sua família.
Leia mais sobre o que estudamos em:
É Melhor Esquecer. Jaime Kemp, Editora Mundo Cristão
Parábolas de Jesus, cáp. “Como é Alcançado o Perdão”. Ellen G. White, Editora Casa Publicadora Brasileira
Perdoar e Esquecer. Lewis B. Smedes, Editora Claridade

Momento de Reflexão

1. Você tem maior dificuldade em perdoar ou pedir perdão? Reflita em alguma situação que você tenha passado ultimamente na qual tenha sentido essa dificuldade.
______________________________________________________________________
2. A seguir, pense no que você poderia fazer na prática para confrontar a sua dificuldade da próxima vez em que estiver face a face com ela.
______________________________________________________________________
3. Escreva seus pensamentos para lembrar-se deles depois.

fonte: http://www.esperanca.com.br/

9 segredos da família feliz


"A atitude consciente é a chave da harmonia”, diz a psicóloga Heloísa Schauff
Foto: Getty Images

Qual é a receita da família feliz? Aquelas em que o entendimento, o respeito e a colaboração superam de longe os momentos de conflito? "A atitude consciente é a chave da harmonia”, afirma a psicóloga Heloísa Schauff, de São Paulo. "Em todo os lares há momentos de irritação e discordância. O que faz toda diferença é a forma com que os familiares agem diante dessas crises", explica ela. A seguir, listamos os nove segredos fundamentais que funcionam como gatilhos para criar e preservar a harmonia familiar. Que tal experimentar?

1. Lazer

"Uma das características da família feliz é curtir juntos, aproveitando programas gostosos para conviver", lembra Heloísa. Jogos de desafios, tabuleiro ou de cartas, cinema ou um filmezinho em casa, jantar temático, acampamentos, sarau literário, passeio a cavalo, sair para dançar, karaokê ou mesmo aquela viagem curtinha para a casa dos avós. Anotem as preferências de cada um, conversem sobre os programas e combinem de fazer uma vez por mês, incluindo vovô, vovó e parentes mais próximos - é mais divertido! Esses agitos familiares favorecem horas descontraídas, recarregam as baterias, fortalecem os vínculos familiares e ainda rendem um bom álbum de fotos!
2. Disponibilidade

Quando estamos em sintonia com nossos familiares, sentimos necessidade de algumas atitudes, como pequenas gentilezas que significam muito no dia a dia: deixar um bilhetinho de "boa prova" ou "boa reunião", perceber quando a pessoa prefere ficar na dela ou precisa de um abraço. É fingir que está dando um "trato" no couro cabeludo só para fazer um cafuné. É sorrir, dizer uma palavra de incentivo, fazer um mimo, uma surpresa, mostrar que há vontade de estar junto. Mas a maior surpresa de todas é descobrir que, ao fazer isso sem esperar nada em troca, a gente sente o calorzinho desse afeto esquentando nosso peito, o que é muito gostoso e contagiante!

3. Diálogo

"É na família que aprendemos a colaborar, a competir, a ganhar e a perder. Esse aprendizado pode gerar traumas, rixas, violência, ou nos tornar mais fortes e confiantes - vai depender da solidariedade familiar", avalia a mestre em psicologia clínica e terapeuta familiar Valéria Meirelles, de São Paulo. O segredo é um só: se colocar no lugar da pessoa, principalmente nos momentos de tensão, e dar força, estímulo e apoio. Isso não significa fazer pelo outro, mas dar espaço para que cada um seja ouvido e levado em conta. Conversar pode trazer grandes lições.

4. Respeito

"Sem regrinhas básicas de convívio, cada um leva em conta apenas a própria vontade, abrindo espaço para desrespeito e brigas", avisa Heloísa. O filhão vai ouvir música alta quando a irmã estiver estudando, a televisão e o computador serão disputados no tapa, a louça suja sobrará de novo para a mamãe e todos terminarão o dia nocauteados pelo stress. Uma boa dica é fazer uma lista de tarefas e reunir a família para negociar. O que é bom para todos não é chato para ninguém.

5. Amizade

"Quando a convivência em casa é gostosa, receber os amigos dos familiares traz muitas vantagens", diz Heloísa. São formados novos vínculos de amizade, evita-se o isolamento em um grupo fechado ou aquela solidão que bate quando a família não se integra socialmente, não cultiva amigos ou conhecidos. "Abrir-se para as relações, como conhecer melhor os pais dos amigos dos filhos, por exemplo, pode ser gratificante para descobrir pessoas interessantes. Sem contar que a casa fica mais alegre", destaca.

6. Privacidade

Como você se sentiria ao flagrar alguém mexendo nas suas coisas? "Pode parecer bobagem, mas até uma criança pequena tem direito a ter as coisinhas dela preservadas do uso inadequado do irmão, por exemplo. Não há harmonia em família sem respeito à privacidade e sem que cada um conheça os limites entre o ‘meu’ e o ‘seu’", diz Valéria. Embora a casa seja um ambiente coletivo, ter o próprio espaço é importante para construir a personalidade.

7. Doçura

Com tanta gente em casa, o que não falta é alguém para apontar as falhas alheias. A grande dica para fazer uma crítica é a intenção. Quando ela é amorosa, a pessoa escolhe a hora adequada, as palavras certas, o modo correto de criticar e, assim, o comentário vira uma observação inteligente e faz o outro refletir em vez de reagir. "Dizer coisas como ‘você é burro’ ou demonstrar hostilidade com silêncios e ironias são agressões que geram defesas e um clima ruim no lar", diz Heloísa.

8. Tolerância

Mesmo que concordem em muita coisa, não existem duas pessoas iguais - com interesses, temperamentos e valores idênticos. Cada ser humano é a combinação única disso tudo. "Reconhecer a essência de quem convive conosco gera respeito pelas diferenças, cria oportunidades de diálogo e de trocas e ainda nos dá jogo de cintura para conviver com outras formas de ser e viver, mesmo fora de casa", diz a psicóloga Heloísa Schauff. Quem entende a diferença torna-se uma pessoa interiormente mais rica.

9. Otimismo

Quando existe o costume de manter o foco no positivo, a família desenvolve flexibilidade, serenidade e coragem para lidar com os problemas. Por isso, os pais devem elogiar os filhos e ser autoconfiantes nos momentos difíceis - assim todos se fortalecem e tudo se resolve sem dramas. O oposto também vale: pais que vivem apontando defeitos dos filhos tendem a transformá-los em pessoas inseguras, que desistem fácil e logo se sentem derrotadas.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Filme O Apocalipse. Excelente !

Reforma e ampliação do aeroporto


 foto


O prefeito José Ronaldo de Carvalho participou, na manhã desta quarta-feira, 29, do ato de assinatura do Contrato de Concessão de Serviço Público celebrado entre o Governo do Estado, através da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), autarquia da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), e Aeroporto Feira de Santana S.A. (AFS), Sociedade de Propósito Específico (SPE).
A concessão foi assinada pelo governador em exercício, Otto Alencar, e visam a realização de obras de reforma e ampliação do Aeroporto João Durval Carneiro, em contrato que tem validade de 25 anos e inclui modificações no terminal, como o alargamento da pista e construção de um novo pátio de aeronaves.
Na oportunidade, o gestor municipal reconheceu o trabalho do senador João Durval Carneiro para a implantação do aeroporto na cidade na década de 1980, e destacou a iniciativa do Governo do Estado.
“Eu acredito muito no sucesso desse projeto. As duas empresas que venceram a licitação são honradas e sérias e encontrarão caminhos abertos. Essa iniciativa do Estado é 100% correta. Merece o meu apoio de homem, cidadão, político e prefeito”, enfatizou.
O deputado estadual José de Arimateia atribuiu a concessão a “força política” de Feira de Santana. “Para nós, feirenses, é um momento de muita alegria. Muitos já não acreditavam mais, mas Feira, com sua força política, está vendo esse sonho sair do papel. Um reconhecimento que a cidade precisava”, pontuou.
O deputado federal Luiz Argolo observou que o aeroporto vai beneficiar diretamente cerca de 150 cidades. “Feira é a principal referência empresarial, educacional e de saúde no interior. Por isso esse ato é motivo de felicidade para os feirenses e todos aqueles que têm orgulho em ser do interior. A empresa já tem know how, pois está construindo o Aeroporto de Viracopos, em São Paulo”, citou.
Também estiveram presentes o secretário estadual de Turismo, Domingos Leonelli, o diretor da Agerba, Eduardo Pessoa, diretor da AFS, João Argolo, superintendente da Caixa Econômica Federal, José Raimundo Cordeiro Júnior, deputados estaduais José Neto e Graça Pimenta, deputado federal Fernando Torres, além de vereadores, prefeitos de municípios da região e demais autoridades.  (Ordachson Gonçalves)

fonte: http://www.feiradesantana.ba.gov.br

Dia do Desafio mobiliza feirenses


foto

Feirenses de todas as idades se mobilizaram, nesta quarta-feira, 29, quando colocaram em prática várias modalidades esportivas, iniciativa que tem por objetivo levar Feira de Santana à conquista do título de heptacampeã no Dia do Desafio, que este ano tem disputa dupla, concorrendo contra Cochabamba (Bolívia) e Paramaribo (Suriname), cidades com populações semelhantes.
O Dia do Desafio é disputado ao redor do mundo, envolvendo os cinco continentes, com competições saudáveis entre cidades de portes semelhantes. Na Bahia, Feira de Santana foi a primeira cidade a participar do evento e em oito edições já conquistou sete delas. Hoje, outras 89 cidades baianas já estão encarando o desafio.
Michael Andrei, orientador social do Sesc, observa a importância da iniciativa para despertar nos cidadãos o gosto pela prática esportiva ou atividade física. “Nossa expectativa é de mobilizarmos cerca de 100 mil pessoas neste desafio, incentivando para que pratiquem frequentemente atividades físicas ou esportivas, como caminhadas, vôlei, basquete, futebol e outros”.
Durante todo o dia, foi grande a mobilização das pessoas em diversas partes da cidade, praças públicas, escolas, quadras esportivas e centro da cidade contando, inclusive, com a participação de prepostos da Guarda Municipal,  que fizeram uma série de exercícios no Pátio anexo ao Paço Municipal Maria Quitéria.
O evento é uma promoção conjunta do Sesc e Prefeitura de Feira de Santana, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer. (Ronaldo Belo)

fonte: http://www.feiradesantana.ba.gov.br

José Ronaldo é apontado por ACM Neto como possível candidato a governador

 
Pr. Maroel Bispo
O prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho, foi apontado como possível candidato nas eleições para governador, em 2013. ACM Neto, prefeito de Salvador, disse que o nome de Ronaldo é bem qualificado e representaria muito bem a oposição ao governador Wagner (PT). Apesar de sua indicação, não vê dificuldades em apoiar Geddel Vieira Lima (PMDB), como candidato das oposições, formalizando a aliança DEM, PMDB E PSDB. A questão de Ronaldo é que o prefeito feirense pensa em governar a cidade até o fim do mandato, algo que preenche as expectativas do eleitorado que o elegeu.

Um em cada três brasileiros deixou de fumar por conta de publicidade

Um em cada três brasileiros deixou de fumar entre 1989 e 2010, por medidas restritivas de propaganda no País - incluindo a adoção de avisos sobre os riscos de fumar nas embalagens. E a maioria da população é a favor de medidas ainda mais rigorosas. É o que revela uma pesquisa inédita feita com 1.800 entrevistados.
 
O trabalho, conduzido em Porto Alegre, Rio e São Paulo, mostra que 92,% dos não fumantes e 89,1% dos fumantes concordam que o governo deveria fazer mais para combater o vício. Quando indagados se produtos do tabaco deveriam ter controle maior, 83,1% dos fumantes afirmam que sim. “Os números deixam claro que a população é muito receptiva”, afirmou a coordenadora do estudo, Mary MacNally. Batizado de relatório da Política Internacional do Controle do Tabaco (ITC), o trabalho avaliou a opinião de 1.830 entrevistados.
 
A pesquisa, feita no ano passado e neste ano, é fruto de uma parceria entre Universidade de Waterloo, Canadá, Ministério da Saúde, Instituto Nacional de Câncer (Inca), Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), Fundação do Câncer, Aliança de Controle do Tabagismo (ACTbr) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde (Cetab).
 
O primeiro momento analisado foi em 2009. Em um segundo momento, foram analisadas respostas no fim de 2012 e neste ano. A pesquisa identificou também queda na percepção de propaganda de cigarro. Em 2009, 42,8% dos fumantes relatavam que o marketing do cigarro era frequente ou muito frequente. Na entrevista mais recente, esse número caiu para 22,6%. O mesmo fenômeno foi notado no grupo de não fumantes.
 
Sem logo
 
Quase metade dos entrevistados afirmou ser favorável à adoção de uma embalagem “genérica” do cigarro: todos com a mesma cor, sem desenhos, logotipos. A secretária executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, Tânia Cavalcante, comemora os dados, mas afirma que há muito a ser feito. “Ainda persiste a estratégia da promoção do produto em festa, com cartazes e luminosos. Festa não é local de venda”, afirma.
 
Ela observa ainda que no Brasil a exibição de pacotes de tabaco nos estabelecimentos comerciais continua a ser forte estratégia de marketing particularmente para jovens. Para reduzir a atratividade dos maços dos produtos de tabaco, o ideal seriam as embalagens genéricas.
 
As informações são do Correio

Telefonia celular ajudará na localização de desaparecidos


A Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado (CCT) aprovou, nesta terça-feira (28), em caráter terminativo, o relatório do senador Walter Pinheiro (PT/BA) ao PLC 54, projeto que autoriza a utilização de redes de telefones celulares para localizar pessoas desaparecidas. Com a aprovação, o projeto segue para a sanção da presidenta Dilma Rousseff. Segundo Pinheiro, o objetivo é permitir que prestadoras de serviços de telefonia móvel aluguem suas redes para a implantação de serviços de localização por meio do Sistema de Posicionamento Global (GPS), através do qual pessoas portadoras de celulares cadastrados poderão ser rastreadas por meio do envio de mensagens ou pelo acesso à internet.
As informações são do Bahia na Politica.

Encontro busca excelência na Gestão Municipal

Agentes públicos discutem a excelência na Gestão Municipal de Feira de Santana através do planejamento e execução orçamentária, iniciativa que faz parte do III Encontro de Servidores e Gestores Municipais, realizado na quarta-feira, 29, na Secretaria de Saúde.
 
Durante a abertura do evento, com a presença do secretário de Governo, Paulo Aquino, representando o prefeito José Ronaldo de Carvalho, o economista Amarildo Costa dos Santos, da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária, abordou sobre “Planejamento Governamental como Instrumento de Gestão das Cidades”.
 
o diretor do Departamento de Planejamento Econômico da Secretaria de Planejamento, Luiz Ivan dos Santos Silva, abordou sobre “Os cuidados a serem observados numa gestão fiscal responsável”, destacando as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal e alertando  os gestores para que não gastem mais do que arrecadam.
 
Luiz Ivan também observou os fatores de sucesso para uma boa gestão, tendo como principal desafio manter o equilíbrio das finanças. E lembrou aos gestores e secretários sobre a necessidade de promoverem reuniões de planejamento com técnicos de suas respectivas secretarias.
 
Ainda no período da manhã, a chefe da Divisão de Orçamento da Seplan, Katya Suely Almeida Farias Cedraz, abordou sobre “Noções gerais sobre os instrumentos de planejamento municipal”.
 
As informações são da Secom

quarta-feira, 29 de maio de 2013

MINISTÉRIO DA DEFESA PEDE À CAMARA DOS DEPUTADOS A RETIRADA DO PL 4373/2013

O Ministério da Defesa requereu ao Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional - CREDN, Deputado Nelson Pelegrino (PT-BA), a retirada de pauta do PL 4373/2012. É alegado na solicitação que se as emendas apresentadas forem aprovadas desvirtuarão totalmente o Projeto original, trazendo reflexos negativos no meio militar e gerando despesas acima das previstas.
É preciso fazer pressão política junto aos deputados da Comissão, visando a marcação imediata da Audiência Pública sobre o assunto. Liguei hoje para o Sr Adilson, assessor do Dep Pelegrino e na semana que vem deverá ser agendada essa Audiência. Fiz contato telefônico com o Dep Cláudio Cajado e o assessor informou da viagem dele ao exterior, devendo chegar na próxima 3ª Feira.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Evangélicos fazem campanha na internet contra a novela “Amor à Vida”, da TV Globo

A novela “Amor à Vida”, nova atração da Rede Globo do horário das 21h00, que substituiu “Salve Jorge”, se tornou alvo de uma campanha iniciada por uma página no Facebook. A campanha foi iniciada pelo grupo “Marcos (sic) Feliciano Me Representa Sim”, que critica principalmente o núcleo gay da novela.
De acordo com o site Gente, do iG, a campanha criada na rede social, que começou antes mesmo da estreia da novela, tem como bandeira o slogan: “Diga Não a Essa Novela que Prega Sodomia, Pessoas Adúlteras, Afeminadas e Fornicadores. Juntos somos mais forte (sic)”.
banner-contra-novela-amor-vida-feliciano-representa
Escrita por Walcyr Carrasco, a novela mostra um casal homossexual vivido pelos atores Marcello Antony e Thiago Fragoso que sonha em ter um filho e que, para tornar isso realidade, contrata uma barriga de aluguel. A trama apresenta também um vilão interpretado por Mateus Solano que é um gay enrustido, casado com uma mulher, e que vive um romance com o personagem de Lucas Malvacini.
A novela anterior do horário também enfrentou resistência por parte do público evangélico, que afirmava que a mesma seria uma homenagem ao orixá Ogum.
Por Dan Martins, para o Gospel+

fonte: http://noticias.gospelmais.com.br

Vaticano contradiz papa Francisco e afirma que quem não for católico, não será salvo

Vaticano contradiz papa Francisco e afirma que quem não for católico, não será salvo
Na contramão das afirmações do papa Francisco, o Vaticano publicou uma “nota explicativa” afirmando que apenas os católicos serão salvos.
Na última semana, Francisco havia dito que “o Senhor redimiu a nós todos pelo sangue de Cristo”, e que não apenas os católicos, mas todos os que praticam o “bem” seriam salvos, incluindo ateus.
As declarações do papa não foram bem aceitas pela cúpula da Igreja Católica, que logo após a repercussão das declarações, emitiu um comunicado sobre o significado de “salvação”.
O padre Thomas Rosica, um dos porta-vozes do Vaticano, afirmou que aqueles que alguma vez tomaram conhecimento sobre o catolicismo “não podem ser salvos” caso “se recusem a entrar ou permanecer na Igreja Católica”.
Rosica afirmou ainda que o papa Francisco “não tinha intenção de provocar um debate teológico sobre a natureza da salvação” com suas declarações a respeito da redenção oferecida pelo sacrifício de Jesus.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

Marcha para Jesus reúne meio milhão de pessoas nas ruas do Rio de Janeiro; Veja como foi o evento

Nesse sábado (25) aconteceu no Rio de Janeiro a Marcha para Jesus. O evento começou às 14h em uma concentração na Central do Brasil e, ao embalo de nove trios elétricos reuniu uma multidão de mais de meio milhão de pessoas que marcharam por cerca de cinco quilômetros até a Cinelândia, onde assistiram a diversos shows no palco montado no local.
Os fiéis e os trios, onde se apresentam diversos cantores e grupos evangélicos, percorrem as avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, além da Praça Mahatma Gandhi, na Cinelândia. No início da festa gospel houve chuva de papel picado e explosão de fogos de artifício. De acordo com a Polícia Militar, por volta das 17h, cerca de 500 mil pessoas estavam reunidas no local do evento, onde acompanharam a apresentação de grandes nomes da música gospel, como Aline Barros, André Valadão, Talles Roberto, Eyshila, Josiane, Bruna Karla e muitos outros.
Marcha-para-jesus-rio-17
Neste ano, de acordo com o pastor Silas Malafaia, a marcha, que tem como tema “Jesus, uma vida com atitude”, ressalta as liberdades de expressão e religiosa, a vida e a família tradicional.
Marcha-para-jesus-rio-16
Malafaia foi um dos preletores dessa edição da Marcha, que foi marcada por discursos contra a corrupção, adultério, pedofilia e prostituição, e na chegada à Cinelândia criticou o polêmico Projeto de Lei 122, que trata da homofobia.
- A marcha está fazendo um protesto contra a PL 122, a dita lei da homofobia, mas que, para nós é uma lei do privilégio. É uma lei para botar mordaça na sociedade para ninguém expressar opinião contra os homossexuais. Esse projeto de lei fere a constituição afirmando que, se um homossexual se sentir constrangido, filosoficamente ou ideologicamente, pode levar a pessoa que o constrangeu a pegar cinco anos de cadeia – afirmou Malafaia.
Pelo Twitter, Silas Malafaia comemorou o grande público reunido pela Marcha, e atacou críticos do evento.
- Parabéns ao povo de Deus, a marcha é uma resposta aos intolerantes medíocres q pensam q podem nos calar. Segundo a PM, MAIS DE 500 MIL PESSOAS. Marcha para Jesus um show de ordem, organização, alegria, paz e comunhão do povo de Deus.” Chupa essa manga” capeta e cambada de invejosos kkk (sic) – escreveu o pastor na rede social.
- Cambada de despeitados, engole seco e pode ranger os dentes mais de 500 MIL pessoas na marcha para Jesus. Nenhuma briga, baderna ou drogados – completou o líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
A maioria dos fiéis acompanhou todo do trajeto da Marcha, mas muitos preferiram ir direto para o local dos shows, como Saulo Arantes, morador de Vila Isabel, na Zona Norte do Rio. Em entrevista ao G1 ele conta que preferiu ir de metrô direto para a Cinelândia e assim garantir um bom lugar na frente do palco para ver, principalmente, André Valadão.
Os organizadores da Marcha contam que a expectativa foi dobrar o público reunido no ano passado. O evento, então, contou com igrejas que participaram pela primeira vez da manifestação, mas também com fiéis que já participam da marcha há muito tempo, como Mauricéia de Souza Moscoso, moradora da Penha, que há 15 anos participa do evento.
- Um show tão bonito assim a gente não pode perder. Fiz questão de fazer a caminhada e, se Deus quiser, terei energia e alegria para ficar até o fim. Essa marcha é em favor das famílias. Espero que a nação se converta a Cristo e a Jesus. Essa é uma festa para famílias – disse Mauricéia.
No total, foram mais de mais de 300 ônibus que trouxeram evangélicos de vários bairros do Rio, da Baixada Fluminense, das regiões dos Lagos e Serrana, e também de outras cidades. Com diversas ruas da cidade fechada, o evento tomou conta de boa parte do centro do Rio, e contou com shows que duraram até por volta das 21h.
Veja mais fotos do evento:
Marcha-para-jesus-rio-15
Marcha-para-jesus-rio-14
Marcha-para-jesus-rio-13
Marcha-para-jesus-rio-12
Marcha-para-jesus-rio-11
Marcha-para-jesus-rio-10
Marcha-para-jesus-rio-09
Marcha-para-jesus-rio-07
Marcha-para-jesus-rio-06
Marcha-para-jesus-rio-05






Marcha-para-jesus-rio-04

País com a melhor educação do mundo, Finlândia aposta no professor


Universidade na Finlândia (Foto: AFP)Universidade na Finlândia (Foto: AFP)
O país com a melhor educação do mundo é a Finlândia. Por quatro anos consecutivos, o país do norte da Europa ficou entre os primeiros lugares no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que mede a qualidade de ensino. O segredo deste sucesso, segundo Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação e Cultura da Finlândia, não tem nada a ver com métodos pedagógicos revolucionários, uso da tecnologia em sala de aula ou exames gigantescos como Enem ou Enade. Pelo contrário: a Finlândia dispensa as provas nacionais e aposta na valorização do professor e na liberdade para ele poder trabalhar.
Jaana Palojärvi esteve em São Paulo nesta quinta-feira (23) para participar de um seminário sobre o sistema de educação da Finlândia, no Colégio Rio Branco. A diretora do ministério orgulha-se da imagem de seu país "tetracampeão" do Pisa. O ranking é elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e aplicado a cada três anos com ênfase em uma área do conhecimento. No último, em 2010, o Brasil ficou na 53ª colocação entre 65 países. Uma nova edição do Pisa será lançada em dezembro.
Na Finlândia a educação é gratuita, inclusive no ensino superior. Só 2% das escolas são particulares, mas são subsidiadas por fundos públicos e os estudantes não pagam mensalidade. As crianças só entram na escola a partir dos 7 anos. Não há escolas em tempo integral, pelo contrário, a jornada é curta, de 4 a 7 horas, e os alunos não têm muita lição de casa. "Também temos menos dias letivos que os demais países, acreditamos que quantidade não é qualidade", diz Jaana.
A diretora considera que o sistema finlandês de educação passou por duas grandes mudanças, uma na década de 70 e outra em 90. A partir do início da década de 90, a educação foi descentralizada, e os municípios, escolas e, principalmente, os professores passaram a ter mais autonomia.
"Fé e confiança têm papel fundamental no sistema finlandês. Descentralizamos, confiamos e damos apoio, assim que o sistema funciona. O controle não motiva o professor a dar o melhor de si. É simples, somos pragmáticos, gostamos de coisas simples."
Jaana Palojärvi é diretora do Ministério da Educação da Finlândia (Foto: Vanessa Fajardo/ G1)Jaana Palojärvi é diretora do Ministério da Educação
da Finlândia (Foto: Vanessa Fajardo/ G1)
O governo também não costuma inspecionar o ensino das 3.000 escolas que atendem 55.000 estudantes na educação básica. O material usado e o currículo são livres, por isso podem variar muito de uma unidade para outra.
"Os professores planejam as aulas, escolhem os métodos. Não há prova nacional, não acreditamos em testes, estamos mais interessados na aprendizagem. Os professores têm muita autonomia, mas precisam ser bem qualificados. Esta é uma profissão desejada na Finlândia."
Os docentes da Finlândia ganham, em média, 3 mil euros por mês, em torno de R$ 8 mil reais, considerado um salário "médio" para o país. Para conquistar a vaga é preciso ter mestrado e passar por treinamento. O salário aumenta de acordo com o tempo de casa do professor, mas não há bônus concedidos por mérito. A remuneração não é considerada alta. "Em compensação, oferecemos ao professor um ambiente de trabalho interessante."
Os professores têm muita autonomia, mas precisam ser bem qualificados. Esta é uma profissão desejada na Finlândia"
Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação da Finlândia
Jaana diz que a educação na Finlândia faz parte de uma cultura, resultado de um trabalho longo, porém, simples, mas evita dar lições ou conselhos a outras nações. "Temos muitas diferenças em relação ao Brasil, que é enorme, somos um país pequeno de 5,5 milhões de habitantes. Na Finlândia não temos a figura do Estado, a relação fica entre governo, município e escola. O sistema é muito diferente. A Finlândia não quer dar conselhos, nós relutamos muito em relação a isso", afirma.
Mais do que o bom resultado do país no Pisa, Jaana comemora a equidade entre as escolas – também apontada pelo exame. "Para nós, é o mais importante. Queremos que as escolas rurais localizadas nas florestas, ou do Norte que ficam sob a neve em uma temperatura negativa de 25 graus, tenham o mesmo desempenho das da capital, das áreas de elite. E (este desempenho) é bem semelhante."
Entre todos os países testados pelo Pisa, a Finlândia tem a menor disparidade entre as escolas. O resultado tem explicação. Lá, os alunos mais fracos estão sob a mira dos docentes. "Os professores não dedicam muita atenção aos bons alunos, e sim aos fracos, não podemos perdê-los, temos de mantê-los no sistema."
'Tecnologia é ferramenta, não conteúdo'
Tecnologia também não é o forte das escolas finlandesas, que preferem investir em gente. "Não gostamos muito de tecnologia, ela é só uma ferramenta, não é o conteúdo em si. Tecnologia pode ser usada ou não, não é um fator chave para a aprendizagem."

A educação básica dura nove anos. Só 2% dos estudantes repetem o ano, o índice de conclusão é de 99,7%. O segredo do sucesso não está ligado ao investimento, segundo
Jaana, que reforça que o país investe apenas 6% de seu PIB no segmento. "O sistema de educação gratuito não sai tão caro assim, é uma questão de organização", afirma.
A diretora do ministério da Finlândia esteve na terça-feira (21) em uma audiência pública na Comissão de Educação e Cultura do Senado, em Brasília, para apresentar o modelo de educação do seus país aos parlamentares brasileiros.
Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação da Finlândia, apresenta o sistema finlandês em SP (Foto: Vanessa Fajardo/ G1)