quinta-feira, 23 de maio de 2013

PSC recorre ao Supremo contra decisão do CNJ sobre casamento gay

Reprodução | Ilustrativa

AgênciaBrasil – O Partido Social Cristão (PSC) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) ontem (21) pedindo a suspensão de resolução do ConselhoNacional de Justiça (CNJ), queobrigacartórios de todo o Brasil a celebrar o casamento civil entrepessoas do mesmosexo e converter a uniãoestávelhomoafetiva em casamento. O partidoalegaque o conselhocometeu“abuso de poder”aoeditar a norma, ultrapassando a discussãopolíticasobre o tema.
 
De acordo com o PSC, a resolução não pode ter validade sem passar pelo processo legislativo, etapa em que a legenda poderá “exercer em plenitude as suas prerrogativas legais e constitucionais” e se manifestar “seguindo os princípios cristãos e estatutários que norteiam a vontade de seus filiados e de seus congressistas”.
 
“Nas atribuições do Conselho Nacional de Justiça, não constam as relativas ao processo legislativo, bem como o Conselho Nacional de Justiça não tem legitimidade para normatizar o tratamento legal das uniões estáveis constituídas por pessoas de mesmo sexo, sem a existência de legislação que defina tal situação, e assim agindo, o CNJ usurpa atribuições dos membros do Congresso Nacional, e do Partido Social Cristão (PSC), ora impetrante”, diz trecho do mandado de segurança
 
Segundo o PSC, o conselho não pode se valer da analogia entre a situação de família prevista na Constituição e nas leis – que trata sobre homens e mulherespara aplicar o mesmo em relação a pessoas do mesmo sexo. “A conclusão outra não poderá racionalmente chegar senão a de que no universo das entidades familiares tem cabimento a união entre homem e mulher, ou seja, entre pessoas de diferentes sexos”, destaca o texto.
 
O PSC informa ser “totalmente contrário a união entre pessoas do mesmo sexo”, e diz que “sempre se posicionará neste sentido, no exercício de suas prerrogativas legais, junto ao Congresso Nacional” quando o assunto for discutido no Legislativo
 
“Nosso entendimento é de que a decisão do CNJ foi desastrosa, inconveniente e inconstitucional. Gerou uma grande insatisfação não somente por parte de nossos filiados e parlamentares como também de parcela majoritária da sociedade brasileira”, disse o vice-presidente do PSC, Everaldo Pereira.
 
O relator do processo no STF é o ministro Luiz Fux.

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