Por
Eliseu Antonio Gomes
A Lei de Moisés permitia que o marido israelita repudiasse sua mulher, mas os
motivos pelos quais ele podia tomar tal deliberação tinha algumas restrições:
As vítimas de violência sexual e o divórcio na Lei de Moisés
Na cultura judaica, a reputação arruinada de uma virgem era pior que o
estupro. O estuprador israelita era obrigado a pagar o dote ao pai da vítima,
o mesmo valor que ele receberia quando ela se cassasse em cerimônia
convencional, e depois de casado dar-lhe a proteção do casamento sem a
possibilidade de divórcio, sendo obrigado a cuidar da vítima e das crianças
resultantes dessa união. A obrigação de casar-se com a vítima estuprada
garantia a ela não ficar solteira, rejeitada por não ter a virgindade, e
também servia como meio de desmotivar o sexo sem compromisso conjugal
(Deuteronômio 22.19, 29; 24. 1-4).
Divórcio e novo casamento no Código Mosaico
Eram tidos como problemas graves na sociedade israelita a mulher ser incapaz
de gerar filhos, possuir defeito físico, fluxo irregular de sangue durante a
menstruação, proceder com descuido durante o período menstrual e no
descuido outras pessoas ter contato com o sangue. A pessoa que tivesse
contato era considerada cerimonialmente impura, o que impelia a todos a
exigir cuidados redobrados (Levíticos 15.19, 27).
Se um israelita casasse com uma mulher com este perfil poderia assinar um
documento de divórcio e mandá-la embora´de casa. E se depois de divorciada
essa mulher viesse a se casar com outro israelita e neste segundo casamento
ela ficasse viúva ou outra vez ela se tornasse divorciada, o primeiro marido
era impedido de reatar laços matrimoniais com a ex-esposa.
Nestes casos, entre os judeus não era errado a mulher casar outra vez. A
mulher israelita divorciada de dois maridos não tinha impedimento algum
para casar-se novamente, desde que não fosse com seu primeiro marido
(Deuteronômio 24.1-2). O veto ao primeiro marido era uma maneira de coibir
aos homens agirem impetuosamente contra suas esposas e de proteger a
reputação das mulheres, que poderia ser vista com alguém imoral e de más
intenções.
Divórcio e novo casamento na perspectiva de Jesus
Sobre a questão do divórcio, o ensino de Jesus está registrado em Mateus
5.31-32; Marcos 10.2-12; e Lucas 16.18. Jesus reconheceu que em caso de
adultério o divórcio possa ser uma triste medida necessária em caso do
cônjuge adúltero ter coração endurecido e não se arrepender de sua
infidelidade e manter-se infiel, ou de a parte ofendida ter seu coração
endurecido e não ser capaz de perdoar o cônjuge adúltero que se arrependeu e
se dispõe a voltar a dedicar-se de maneira correta ao laço conjugal.
Jesus deixou claro reprovar a atitude masculina de desprezar a mulher
simplesmente por desagradá-lo, mostrou que não era de acordo com a pouca
proteção legal que tinham elas. Lembrou aos judeus que o divórcio é contrário
à vontade de Deus, sendo o objetivo divino que o matrimônio perdure por toda
a vida.
Aos rabis que procuraram Jesus preocupados apenas com a letra da Lei,
perguntando sobre divórcio e nova casamento, disse-lhes: "Qualquer
que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe
a tornar-se adúltera, e aquele que casar-se com a repudiada comete
adultério" - Mateus 5.32. A resposta esclarece a necessidade de
se entender o propósito da Lei e o plano original de Deus acerca do
casamento para a raça humana: um homem e uma mulher casados por toda a vida.
A intenção do Senhor permanece inalterada ao passar dos anos, não pode ser
ignorada por circunstâncias banais, como por exemplo um lapso quanto ao
asseio físico individual feminino, a doença, a infertilidade, o ronco durante
a noite, o envelhecimento (Lucas 16.16-18).
O divórcio e o novo casamento pela
perspectiva do apóstolo Paulo
Paulo, em 1 Coríntios 6.18,
abordando as relações sexuais ilícitas nos faz entender que o
adultério, espiritualmente, não é um pecado pior do que outros. Porém, produz
um bojo de questões ao casamento que os outros pecados não...
(continue a leitura acessando o texto na fonte: Belverede).
|
terça-feira, 14 de maio de 2013
Sobre o divórcio
Postado por Pr Maroel Bispo -
maroel bispo
às
18:51
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário