domingo, 20 de outubro de 2013

Estudo: Sobre a Disciplina dos filhos -


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No artigo “Pais não irritem seus filhos“, abordamos a importância dos pais não irritarem seus filhos. Alistamos várias situações em que isto pode acontecer.

No mesmo versículo bíblico (Ef 6.4) o apóstolo Paulo afirma que, em contrapartida, os pais (pai e mãe) devem criar seus filhos na doutrina e admoestação do Senhor. A tradução Almeida, da Imprensa Bíblica Brasileira, usa as palavras “disciplina e admoestação do Senhor”. A NVI (Nova Versão Internacional) já usa “instrução e conselho do Senhor”.
A palavra grega para doutrina, disciplina e instrução é “paideia”, que, em sua essência, indicava a disciplina usada para corrigir a transgressão da lei e ordenanças da família. No contexto da cultura grega denotava a um ideal de formação educacional, que procurava desenvolver o homem em todas as suas potencialidades, de tal maneira que pudesse ser um melhor cidadão.
Pais que desejam criar filhos segundo as orientações bíblicas, apontadas pelo apóstolo Paulo, devem, então, valorizar a disciplina, apropriando o termo usado pela NVI.
Na Bíblia encontramos recomendações claras para que os pais não se negligenciem a disciplina no processo da criação de seus filhos (Dt 8.5; Pv 3.11, 5.23, 6.26, 10.17,23.13; Hb 12.7,8).
Pais precisam se conscientizar, de uma vez por todas, que seus filhos não somente precisam ser disciplinados, mas a desejam.
Pais que não disciplinam seus filhos são desobedientes às orientações bíblicas. A disciplina acompanha, com certeza, a exortação, a instrução e o consolo.

Alguns aspectos importantes sobre a disciplina.
A disciplina é usada para corrigir e treinar a criança a seguir no caminho certo.
Quando pais disciplinam seus filhos devem ter isto em mente. Embora seja difícil muitas vezes, o alvo da disciplina é ensinar os pequeninos a seguir os caminhos certos na vida (Hb 12.11).
Há uma cena interessante no filme “Meu nome não é Jonny” que ilustra este ponto. Quando criança, João Guilherme Estrela, o personagem principal do filme, que na vida adulta é interpretado por Selton Mello, faz estourar uma bomba conhecida como “cabeça ne nego” em plena sala. O pai, mesmo sabendo do perigo, não disciplinou. Pelo contrário, associou aquele fato, o estourar da bomba, ao gol do Vasco, time para qual torcia. Se tivesse disciplinado, provavelmente seu filho não teria trilhado o caminho das drogas e do tráfico.
Uma outra verdade: Um pai que não disciplina seus filhos deixa de demonstrar o seu amor para com eles (Hb 12.6; Pv 13.24).
Pais que amam, disciplinam. Deus dá prova do seu amor, não somente por nos dar Jesus Cristo (Jo 3.16), que é a maior prova do quanto nos ama, mas também por nos disciplinar, enquanto filhos seus.
A disciplina, segundo as orientações bíblicas, inclui o aspecto físico. Por mais que vejamos movimentos contrários à disciplina física, ela é recomendada nas páginas da Bíblia. Entretanto, alguns lembretes: Não deve levar a danos físicos, deve ser adequada, moderada, benéfica, apropriada, controlada, corretiva e amorosa (Pv 22.15. 23.14, 29.15).
A disciplina é a segunda coluna de sustentação para criar filhos, segundo Paulo. A outra é a admoestação, conforme refletiremos em breve.
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Por: Gilson Bifano

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