O bispo Eddie Long, líder da Igreja Batista Missionária do Novo
Nascimento, em Atlanta, Georgia, recentemente se envolveu em um processo
por ter supostamente abusado sexualmente de quatro adolescentes de sua
igreja. Ele teria feito um acordo com as famílias dos envolvidos e
desembolsado cerca de 20 milhões de dólares para encerrar o caso, que
foi aberto em 2010.
Depois de ter pedido uma licença da igreja por algumas semanas para
tentar evitar o divórcio pedido por sua esposa, ele voltou às suas
atividades normalmente.
Porém, já se envolveu em outra polêmica. Durante um culto de sua
megaigreja, realizado em 29 de janeiro, ele foi “coroado” rei pelo
rabino messiânico Ralph Messer, líder do “Simchat Torah Beit Midrash”,
autointitulada “congregação facilitadora de discussões religiosas entre
vários grupos, culturas e denominações em todo o mundo”.
Messer é amigo de Long e um dos pregadores da “Conferência para
Ampliação Econômica”, organizada pela igreja do Novo Nascimento, que
possui mais de 25 mil membros.
Sendo o pregador convidado para o culto, Messer decidiu homenagear o
bispo Long e fez uma espécie de ritual, entregando ao bispo um
pergaminho hebraico de 312 anos. Explicando sobre o principio do
reinado bíblico, colocou um manto judaico sobre seus ombros e explicou
que aquela era a vontade de Deus.
Diante da igreja lotada, Long sentou-se em uma cadeira similar a um
trono. O rabino passou então a explicar que aquele homem pertencia a
duas cortes diferentes, a da justiça e a das bênçãos. Os fiéis presentes
aplaudiram enquanto Long permanecia calado.
O vídeo foi postado na internet alguns dias depois e tornou-se um viral, com mais de 600 mil acessos em poucos dias.
Críticas foram publicadas por dezenas de pastores em sites e blogs. Centenas de comentários nas redes sociais
ajudaram a aumentar os acessos do vídeo e as criticas ao bispo. Will
Gafney, professor de estudos judaicos e hebraico bíblico, escreveu um
longo artigo para o Huffington Post enumerando todas as contradições e
erros da, agora famosa, cerimônia de coroação.
Ele questiona todas as menções a textos bíblicos e conclui que tudo
foi uma cena inventada por alguém que não conhece nem respeita o
judaísmo.
Long só veio a se pronunciar ontem (5/2) após ser duramente
repreendido pela Liga Antidifamação, organização que defende os direitos
dos judeus em todo o mundo.
Bill Nigut, líder da Liga, afirma que o ritual criado por Messer não
tem qualquer ligação com os ensinos do judaísmo e que Messer não é
reconhecido como rabino pelos judeus americanos.
Em uma carta aberta, o bispo Long afirma que ele não sabia nem
incentivou o evento e diz saber que sabe não ser um rei: “Rejeito
qualquer ação que tente retrata-me como um rei, pois sou simplesmente
um servo do Senhor”.
O rabino Messer insiste que não houve desrespeito em suas ações: “Foi
simplesmente uma maneira de honrar um homem que deu sua vida para o
Senhor, para sua igreja, e para todo o mundo”. Perguntado sobre os
eventos que quase puseram fim ao ministério de Long, Messer afirmou que
os incidentes eram “apenas uma maneira de Deus chamar a atenção de Long…
Toda crise produz oportunidade. Você precisa passar por uma descida
antes de uma subida”.
Ele não quis se pronunciar sobre as condições em que se tornou
rabino, mas já surgiu na internet outro vídeo onde ele fez o mesmo tipo
de ritual no pastor Randy White, de uma megaigreja da Florida, em 2009.
Assista:
Traduzido e adaptado de Christian Post, Huffington Post e News One
fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/pastor-americano-e-coroado-rei-por-rabino-durante-culto/
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