
Cerca de 80 milhões de brasileiros, entre trabalhadores do mercado
formal - inclusive os empregados domésticos -, beneficiários da
Previdência Social, aposentados e beneficiários de pensão da União e dos
estados, receberão o pagamento do 13º salário esse ano. Com isso, a
estimativa é de que cerca de R$ 131 bilhões (aproximadamente 2,9% do
Produto Interno Bruto do país) devem ser injetados na economia
brasileira, conforme dados do Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em média, cada beneficiário receberá
R$ 1.637,50. Segundo especialistas, quem está apertado deve utilizar o
abono, cuja primeira parcela saiu nesta sexta-feira, 30,
preferencialmente para o pagamento das dívidas.
Mesmo com a queda da taxa de juros (mantida em 7,25% ao ano), o custo
das dividas, sobretudo aquelas que embutem encargos maiores como o
cartão de crédito rotativo e o cheque especial, que na média atingem
10,69% ao mês e 8,05% ao mês, respectivamente, conforme a Associação
Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade
(Anefac), é maior do que o ganho de qualquer rendimento de aplicação.
Portanto, pagar a dívida é melhor do que investir. "Quem gastou errado
durante o ano e está apertado deve 'arrumar a casa' e quitar os débitos
mais primitivos. No mesmo momento em que temos as menores taxas de
juros, a gente vê algumas pesquisas que apontam que a população
brasileira nunca esteve tão endividada", ressalta o consultor de
finanças Erasmo Vieira.
Os consumidores que têm dívidas a pagar também devem evitar fazer
compras antes de cumprir a prioridade de quitar os débitos, para não
correr o risco de virar o ano no vermelho, valendo a pena até negociar
com os parentes para que os presentes possam ser dados depois, em
janeiro, quando há "queima de estoques" nas lojas. Além disso, é
importante que uma parte do abono seja destinada aos gastos do início do
ano, como IPVA, IPTU e as despesas com matrícula e material escolar.
"Grande parte da renda dos endividados está comprometida e acaba
sobrando muito pouco para se administrar. Por isso, é preciso gastar o
que tem e evitar ultrapassar os limites".
fonte:atarde.com
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