De acordo com o levantamento, o Estado recolheu 1.380 armas até a primeira semana deste mês, ficando atrás apenas de São Paulo, que coletou 1.877. Iniciada em 2004, a campanha já recolheu 621.839 armas de fogo para destruição no Brasil.
O especialista em segurança pública Theodomiro Dias Neto acredita que a retirada de armas de fogo de circulação é um "instrumento eficaz" para a redução do número de homicídios e de combate à violência.
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, 15/03/2013 às 23:39
| Atualizado em: 15/03/2013
às 23:39
Bahia é o 2º estado que mais coletou armas
Luan Santos
De acordo com o levantamento, o Estado recolheu 1.380 armas até a primeira semana deste mês, ficando atrás apenas de São Paulo, que coletou 1.877. Iniciada em 2004, a campanha já recolheu 621.839 armas de fogo para destruição no Brasil.
O especialista em segurança pública Theodomiro Dias Neto acredita que a retirada de armas de fogo de circulação é um "instrumento eficaz" para a redução do número de homicídios e de combate à violência.
"Há uma relação imediata entre arma e homicídio. A coleta de armas é um dos principais fatores que causaram a redução dos homicídios em São Paulo", afirma.
Membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Dias Neto opina que, nos casos da Bahia e São Paulo (os dois estados que mais recolheram armas), os índices de coleta são fruto de campanha de divulgação e de conscientização da população.
"Uma arma nas mãos de um civil é fator de insegurança, não de segurança. Para que os índices de violência possam diminuir, é preciso que a sociedade esteja engajada, consciente dos riscos que uma arma de fogo pode oferecer", defende.
Perfil - Segundo informações da assessoria de comunicação da Superintendência Regional da Polícia Federal (PF), o perfil médio de quem tem participado da campanha na Bahia é de pessoas cujas armas pertenciam a algum parente falecido ou aquelas que, por motivos diversos, compraram a arma, mas não utilizavam.
Segundo o órgão, após recolhidas, as armas são inutilizadas e enviadas para o Exército brasileiro, responsável pela incineração do material. Muitas delas, segundo a PF, têm condições de uso, mas todas são destruídas.
Em toda a Bahia, segundo dados do Ministério da Justiça, são 75 pontos de coleta espalhados por 36 cidades. Em Salvador, há 12 postos de entrega [lista ao lado].
Além de Bahia e São Paulo, Rio Grande do Sul (707), Minas Gerais (552) e Rio de Janeiro (466) integram o ranking dos cinco estados que mais recolheram armas.
A TARDE procurou o superintendente regional da PF (órgão responsável pela coleta), César Augusto Toselli, para comentar o assunto, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.
Consciência - Integrante do Fórum Comunitário de Combate à Violência (FCCV), Maria Eunice Kalil diz que a entrega mostra que a população começa a entender que armas "representam perigo e não defesa".
Para ela, "a história de que você está protegido pela arma é uma falácia. Quanto mais armas você tem, maior será a possibilidade de morte".
Segundo ela, ter uma arma não é sinal de que se está seguro. "Aquelas pessoas que não sabem usar, não conseguem se defender quando têm arma", diz Maria Eunice. "As pessoas brigam, mas sem armas, mas pelo menos não cometem nenhuma besteira", finaliza.
fonte: atarde.com
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