domingo, 24 de fevereiro de 2013

Exército dos EUA desenvolve máscara para tratar lesões graves na face

DA BBC BRASIL
Especialistas nos Estados Unidos estão desenvolvendo uma máscara especial para tratar feridas abertas de pacientes com graves lesões de pele na face.
A terapia seria um grande avanço em uma área da medicina reconstrutiva que tem avançado lentamente nas últimas décadas e enfrenta vários desafios.
Eric Gay/AP
Todd Nelson, ex-sargento dos Estados Unidos, foi ferido gravemente na face em uma explosão no Afeganistão
Todd Nelson, ex-sargento dos Estados Unidos, foi ferido gravemente na face em uma explosão no Afeganistão
Os resultados do tratamento de um ex-sargento do exército americano ilustram as dificuldades enfrentadas por especialistas na recuperação de graves ferimentos de pele.
As lesões sofridas por Todd Nelson eram tão ruins que os médicos achavam que ele não sobreviveria.
"Eu estava no meu comboio em Cabul, no Afeganistão", lembra ele.
"Estávamos indo para casa à noite quando passamos ao lado de um carro amarelo e branco. Quando eles nos viram passando, detonaram a bomba. A explosão aconteceu no meu lado do caminhão, eu estava no lado do passageiro. O caminhão foi arremessado contra uma parede de tijolos e estilhaços entraram no meu olho direito. Meus maxilares superiores e inferiores foram esmagados."
Nelson passou por mais de 40 operações para reconstruir seu rosto. Algumas lesões destruíram as três camadas da pele --a epiderme, derme e hipoderme-- chegando até ao periósteo, membrana que recobre o osso.
DESAFIOS
"A maneira como tratamos Todd tem sido usada por cerca de 30 e poucos anos. E não evoluiu muito", disse Robert Hale, do Instituto de Pesquisa Cirúrgica do Exército dos EUA.
"Nós basicamente removemos o tecido morto e cobrimos com enxertos de pele retirada de sua coxa ou de algum lugar que não foi queimado em seu corpo. É uma maneira bem sucedida para fechar a ferida, mas deixa muita fibrose e cicatrizes."
Hale está desenvolvendo uma máscara especial que ajudará na cicatrização do ferimento. A máscara terá microcanais para tirar os fluidos da ferida. Em seguida, seriam usadas folhas de pele artificial e só então seria adicionado o enxerto externo de outra parte do corpo.
"Todas as tecnologias que estou explorando atualmente são coisas que já estão ao nosso alcance", disse Hale.
"Em uns cinco, seis ou sete anos, devemos ter produtos e estratégias que podem ser aplicadas aos soldados que foram feridos na guerra e tudo isso deve ser transponível para o público em geral." 

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/bbc

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