DA BBC BRASIL
Especialistas nos Estados Unidos estão desenvolvendo uma máscara
especial para tratar feridas abertas de pacientes com graves lesões de
pele na face.
A terapia seria um grande avanço em uma área da medicina reconstrutiva
que tem avançado lentamente nas últimas décadas e enfrenta vários
desafios.
Eric Gay/AP |
Todd Nelson, ex-sargento dos Estados Unidos, foi ferido gravemente na face em uma explosão no Afeganistão |
Os resultados do tratamento de um ex-sargento do exército americano
ilustram as dificuldades enfrentadas por especialistas na recuperação de
graves ferimentos de pele.
As lesões sofridas por Todd Nelson eram tão ruins que os médicos achavam que ele não sobreviveria.
"Eu estava no meu comboio em Cabul, no Afeganistão", lembra ele.
"Estávamos indo para casa à noite quando passamos ao lado de um carro
amarelo e branco. Quando eles nos viram passando, detonaram a bomba. A
explosão aconteceu no meu lado do caminhão, eu estava no lado do
passageiro. O caminhão foi arremessado contra uma parede de tijolos e
estilhaços entraram no meu olho direito. Meus maxilares superiores e
inferiores foram esmagados."
Nelson passou por mais de 40 operações para reconstruir seu rosto.
Algumas lesões destruíram as três camadas da pele --a epiderme, derme e
hipoderme-- chegando até ao periósteo, membrana que recobre o osso.
DESAFIOS
"A maneira como tratamos Todd tem sido usada por cerca de 30 e poucos
anos. E não evoluiu muito", disse Robert Hale, do Instituto de Pesquisa
Cirúrgica do Exército dos EUA.
"Nós basicamente removemos o tecido morto e cobrimos com enxertos de
pele retirada de sua coxa ou de algum lugar que não foi queimado em seu
corpo. É uma maneira bem sucedida para fechar a ferida, mas deixa muita
fibrose e cicatrizes."
Hale está desenvolvendo uma máscara especial que ajudará na cicatrização
do ferimento. A máscara terá microcanais para tirar os fluidos da
ferida. Em seguida, seriam usadas folhas de pele artificial e só então
seria adicionado o enxerto externo de outra parte do corpo.
"Todas as tecnologias que estou explorando atualmente são coisas que já estão ao nosso alcance", disse Hale.
"Em uns cinco, seis ou sete anos, devemos ter produtos e estratégias que
podem ser aplicadas aos soldados que foram feridos na guerra e tudo
isso deve ser transponível para o público em geral."
fonte: http://www1.folha.uol.com.br/bbc
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