As afirmações do pastor Silas Malafaia sobre a homossexualidade, ressaltadas pela participação do pastor no programa “De Frente com Gabi”,
motivaram uma nota do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que
comparou suas declarações com a inquisição, e afirmou ser lamentável
“que exista um profissional que defenda uma posição de retrocesso”.
Como resposta, Malafaia publicou um vídeo no qual afirma que o
Conselho está a serviço do ativismo gay, e que o mesmo foi ideologizado
por uma “esquerda medíocre que não suporta crenças e valores do
cristianismo, mas sim crenças e valores do humanismo ateísta”.
O pastor afirma ter ficado com vergonha da nota publicada pelo
Conselho, visto que ele não se apresenta como psicólogo, mas como
pastor. Assim, Malafaia questiona qual a relação do CFP com seus
posicionamentos enquanto líder religioso. O pastor continua em seu vídeo
tecendo uma série de críticas ao conselho que, segundo ele, quer
calá-lo. Citando trabalhos do psicanalista Sigmund Freud, Malafaia
defende que a homossexualidade pode sim ser reorientada, e que a
psicologia não é uma ciência exata.
- Quer dizer que a psicologia passou a ser ciências exatas? Deixou de
ser ciências humanas? Quer dizer que já está definido tudo sobre
homossexualidade? Quer dizer que não pode haver divergências? –
questionou Malafaia, que disse ainda que o conselho é inquisitório.
O pastor cita ainda o artigo 5º da Constituição Brasileira, como
fundamento para sua liberdade de crença e opinião, que ele diz estar
sendo cerceada pelo CFP.
O posicionamento do pastor motivou também a criação de uma petição pública pela cassação do seu registro de psicólogo.
Em seu site, o pastor respondeu à manifestação afirmando se tratar de
um movimento feito por “intolerantes gays”, e lançou a campanha a favor
de uma petição similar em seu apoio.
A manifestação, que pretende reunir cerca de 100 mil assinaturas e
será destinada à presidente do Conselho Regional de Psicologia do Rio de
Janeiro (CRP/RJ), está sendo combatida pelo pastor com uma segunda
petição, que tem como objetivo reunir 200 mil assinaturas, o dobro da
proposta pela primeira.
Intitulada “Silas Malafaia, Eu Apoio”, a campanha rapidamente atingiu
um grande número de apoiadores como o cantor David Quinlam, a psicóloga
Marisa Lobo e o deputado federal Marco Feliciano, o que a levou a
angariar milhares de assinaturas.
Em seu vídeo, Malafaia concluiu afirmando que ninguém vai calá-lo, e
que o Conselho Federal de Psicologia “perdeu a chance de ficar
quietinho, de não escrever asneira e nem instrumentalizar o CFP com
instrumentos do ativismo gay”.
Leia a resposta do pastor ao abaixo-assinado:
Na entrevista com a Gabi, como também nos meus programas, eu nunca me apresento como psicólogo, e sim como pastor, e os próprios entrevistadores assim me reconhecem, é só verificar. Eu pergunto:
O que o conselho de psicologia tem a ver com isto? Estou garantido pela Constituição Federal no seu artigo 5º que me garante liberdade para expressar meus pensamentos, e não posso ser privado por convicções políticas, filosóficas, e religiosas. Os que se dizem injustiçados se tornaram os maiores intolerantes. Querem criminalizar a opinião.
Peço a sua ajuda para fazer parte de um abaixo assinado para enviar ao CFP pela não cassação do meu registro de psicólogo. Não podemos nos omitir. Eles querem calar a nossa voz. Acesse, preencha seus dados e assine. É simples e rápido.
Links sobre o caso:
Por Dan Martins, para o Gospel+
Nenhum comentário:
Postar um comentário