sábado, 13 de outubro de 2012

Disposição de fazer o bem impulsiona a cidadania no Brasil


Marcio Maturana

Um em cada quatro brasileiros conhece a sensação de ajudar o próximo com ações de voluntariado, segundo o Ibope. São atitudes espontâneas — individuais ou sob coordenação de organizações não governamentais, empresas e instituições religiosas — que levam a milhares de crianças, idosos e carentes a possibilidade de ter acesso a cultura, lazer, educação ou, simplesmente, alimentação digna e proteção contra o frio
O presente de Dia das Crianças que Maria de Fátima, 8 anos, vai receber nesta sexta-feira virá das mãos de duas pessoas que ela não conhece. São jovens voluntários que moram perto da Creche Criança Cidadã, frequentada por ela há mais de seis anos no Varjão, comunidade de baixa renda do Distrito Federal. Os dois vizinhos da creche decidiram arrecadar brinquedos para as crianças da instituição comunitária que não cobra mensalidade, não recebe dinheiro público e sobrevive de doações e serviços oferecidos por pessoas como eles.
Isso é voluntariado, prática de um entre cada quatro brasileiros com mais de 16 anos, segundo o Ibope. São 35 milhões de pessoas que fazem ou já fizeram algum serviço voluntário, experimentando a sensação de sentirem-se bem por fazerem o bem.
— Ano passado participei de uma apresentação de teatro. Era a história de uma caixa que eu abria e de onde saíam flores que ensinavam sobre amor e respeito. Também gosto muito dos passeios que a gente faz — contou a pequena Maria de Fátima.
Os passeios e o teatro a que a menina se refere são algumas das atividades que a ONG Sonhar Acordado promove mensalmente para a creche, há oito anos: o Dia do Sonho (brincadeiras, gincanas, mágico e outras atrações infantis), o Super Ação (mutirões, captação de profissionais e campanhas de doação como Quilômetro de Brinquedos e Quilômetro de Agasalhos) e o Amigos para Sempre (atividades recreativas, esportivas e culturais para desenvolver valores como solidariedade, respeito ou amizade). Para cada evento, a Sonhar Acordado busca patrocinadores, mas muitas vezes os recursos têm que sair do bolso dos voluntários.
— Nossa meta não é apenas melhorar o bem-estar das crianças, mas também o de quem trabalha como voluntário. Porque é um privilégio receber da infância ensinamentos como pureza e alegria pelas coisas simples da vida — disse Fernanda Carneiro, uma das coordenadoras da ONG em Brasília.
fonte: http://www12.senado.gov.br/noticias

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