segunda-feira, 22 de abril de 2013

Vícios de linguagem

Vícios de linguagem
Os vícios de linguagem representam alguns desvios que às vezes cometemos, tanto na fala quanto na escrita
Como sabemos, o padrão formal da linguagem representa um sistema único, comum a todo e qualquer usuário da língua, que nos permite falar e escrever corretamente de acordo com as normas regidas pela gramática. Dessa forma, é preciso ter conhecimento de todas essas normas para que possamos desenvolver bem a escrita e a oralidade, adequando a linguagem às diferentes situações cotidianas.

Mas existem situações em que ocorre exatamente o contrário, ou seja, situações em que, por falta de um conhecimento melhor sobre as regras gramaticais ou até mesmo por uma simples falta de cuidado, o pior acontece: tropeçamos na língua e... falamos ou escrevemos de forma incorreta. Alguns desses casos são denominados vícios de linguagem, os quais podem ocorrer de várias formas. Assim, para conhecer alguns deles e, sobretudo, para evitar que isso ocorra, vamos a alguns exemplos: 
Estrutura feita à base de policarbonato.
Vícios de linguagem são considerados “desvios” que às vezes cometemos
Barbarismo – esse desvio pode ocorrer em níveis distintos, entre eles:

Na pronúncia:

Assisti ao “pograma” infantil, em vez de programa.

Na grafia:

Comemos pão com “mortandela”, em vez de mortadela.

Na morfologia (aquelas classes de palavras que já conhecemos):

Quando eu “pôr”, em vez de puser.

Na semântica (parte responsável pelo significado das palavras):

Levei meus calçados ao “concerto”, em vez de conserto.

No uso de palavras pertencentes a línguas estrangeiras:

Vou passar um weekend com meus avós, em vez de final de semana.


Pleonasmo vicioso – é a repetição desnecessária de uma ideia, pois o sentido já está claro.

“Entrar para dentro”
“Sair para fora”

Cacófato – é representado pela união de sílabas pertencentes a palavras diferentes, as quais provocam um som desagradável, feio, de má qualidade:

Eu “vi ela” ontem, em vez de eu a vi ontem.


Ambiguidade – ocorre quando o uso inadequado de uma determinada palavra provoca um duplo sentido, interferindo, assim, na clareza da mensagem:

A mãe do garoto o levou no seu carro. (de quem seria o carro? Da mãe do garoto ou da pessoa com quem se estabelece o diálogo?) Dessa forma, para evitar que ocorra essa falta de clareza, o discurso (a mensagem) deveria ser expresso da seguinte forma:

A mãe do garoto o levou no carro dela.

Eco – esse desvio se manifesta quando há o uso de palavras cujas terminações são iguais, o que também interfere na qualidade da mensagem:

Meu amigão levou um tropeção e teve que segurar no corrimão da escada.
Por isso que é sempre bom ter ao seu lado o dicionário, exatamente para momentos como esse. Para evitar esse desvio, que provoca um som repetitivo, você pode usar palavras sinônimas. 

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras

fonte: http://www.escolakids.com

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