segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Educação sexual


A sexualidade é algo inerente à vida e à saúde que se expressa  no ser humano.
A sexualidade é  definida  por  Paulo Bonança, sexólogo e psicólogo clínico, “como um conjunto de sensações eróticas,  físicas e psicológicas”.
Paradoxalmente, falar de sexualidade ainda é tabu  numa sociedade na qual o discurso da satisfação e o prazer estão sempre presentes.
A sexualidade entendida como lugar de perigo, as relações de gênero e o silêncio sobre alguns assuntos encontram-se presentes na maioria das famílias  e escolas em contradição com a erotização  que  invade as casas  através da televisão, das revistas e  internet.
Os meios de comunicação  vêm  influenciando as crianças, que  estão cada vez mais erotizadas, e os jovens, que  iniciam a vida sexual cada vez mais cedo.
Observa – se  que a família nem sempre se sente preparada o suficiente para abordar o assunto e  não propicia a possibilidade de conversas. Assim, são as informações entre os colegas que,  na maioria das vezes, ocorrem e que podem ser deturpadas, criando mais dúvidas e inseguranças.
A família deveria ser a fonte da educação sexual,  tendo em vista que nesse contexto  que acontecem as primeiras perguntas. Entre 2 e 3 anos surgem  curiosidades  e as respostas  simples, espontâneas e sinceras dos pais criarão a base para a confiança e abertura dos filhos  no  seu processo de desenvolvimento físico, emocional e social.
Neste sentido, urge a necessidade de educação sexual nas famílias e escola.  Entre outras questões, essa diz respeiro a anatomia dos sexos, ao papel do homem e da mulher, as discriminações e os estereótipos atribuídos e vivenciados nos relacionamentos, o avanço das doenças sexualmente transmissíveis, a  gravidez indesejada na adolescência,  o respeito por si e pelo outro.
É imprescindível criar um ambiente de confiança e oportunidades para que as pessoas possam refletir sobre seus sentimentos e conflitos sobre a sexualidade envolvendo a totalidade do seu ser.

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