A sexualidade é algo inerente à vida e à saúde que se expressa no ser humano.
A sexualidade é definida por Paulo Bonança, sexólogo e psicólogo clínico, “como um conjunto de sensações eróticas, físicas e psicológicas”.
Paradoxalmente, falar de sexualidade ainda é tabu numa sociedade na qual o discurso da satisfação e o prazer estão sempre presentes.
A sexualidade entendida como lugar de perigo, as relações de gênero e o silêncio sobre alguns assuntos encontram-se presentes na maioria das famílias e escolas em contradição com a erotização que invade as casas através da televisão, das revistas e internet.
Os meios de comunicação vêm influenciando as crianças, que estão cada vez mais erotizadas, e os jovens, que iniciam a vida sexual cada vez mais cedo.
Observa – se que a família nem sempre se sente preparada o suficiente para abordar o assunto e não propicia a possibilidade de conversas. Assim, são as informações entre os colegas que, na maioria das vezes, ocorrem e que podem ser deturpadas, criando mais dúvidas e inseguranças.
A família deveria ser a fonte da educação sexual, tendo em vista que nesse contexto que acontecem as primeiras perguntas. Entre 2 e 3 anos surgem curiosidades e as respostas simples, espontâneas e sinceras dos pais criarão a base para a confiança e abertura dos filhos no seu processo de desenvolvimento físico, emocional e social.
Neste sentido, urge a necessidade de educação sexual nas famílias e escola. Entre outras questões, essa diz respeiro a anatomia dos sexos, ao papel do homem e da mulher, as discriminações e os estereótipos atribuídos e vivenciados nos relacionamentos, o avanço das doenças sexualmente transmissíveis, a gravidez indesejada na adolescência, o respeito por si e pelo outro.
É imprescindível criar um ambiente de confiança e oportunidades para que as pessoas possam refletir sobre seus sentimentos e conflitos sobre a sexualidade envolvendo a totalidade do seu ser.
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