Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Educação, Aloízio Mercadante, defendeu, após visita ao presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo
Alves (PMDB-RN), a aprovação da Medida Provisória (MP) 592 que destina
os recursos dos royalties do petróleo para a educação.
Mercadante também pediu a Alves prioridade para votações de medidas
provisórias e de projetos de interesse da sua pasta como o de formação
de professores, que está pronto para ser votado.
A MP ainda está sendo discutida pela comissão mista do Congresso
Nacional e tem como relator o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).
Zarattini foi o relator de projeto de lei, originário do Senado, sobre a
distribuição dos royalties. Na véspera da votação, a pedido do governo ele incluiu no seu substitutivo a destinação de parte dos recursos dos royalties
para a educação, mas seu projeto foi rejeitado e aprovado o texto do
Senado. Como parte do projeto recebeu vetos, o governo editou a MP
destinando os recursos para a educação.
“Vim solicitar um olhar especial para alguns projetos do Ministério
da Educação que são muito importantes. Primeiro, qualquer que seja a
decisão com relação ao veto dos royalties, que haja disposição de discutir com profundidade a vinculação dos recursos dos royalties na educação. Isso vai mudar a historia da educação no Brasil”, disse Mercadante.
“Seguramente é o maior legado que a gente pode deixar para as
futuras gerações. Nenhum país se desenvolveu sem educação em tempo
integral, sem valorizar os professores, sem ter uma educação integral de
qualidade. Nos países desenvolvidos isso é pré-condição”, completou o
ministro.
Segundo Mercadante, a proposta original do governo é que 100 % dos royalties
das futuras concessões e 50 % dos rendimentos do Fundo Social do
pré-sal sejam integralmente destinados à educação nos municípios,
estados e União. “Isso é um volume expressivo de recursos e que ainda
vai crescer muito este ano. A gente não pode repetir os erros que as
grandes potências exportadoras de petróleo cometeram”.
O ministro também defendeu a aprovação das medidas provisórias que
tratam do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
(Pronatec). As MPs aumentam a lista de beneficiários do programa e
autoriza instituições privadas habilitadas a oferecer cursos ao
Pronatec. “Estamos expandindo as matriculas e permitindo que estudantes
formados possam fazer o Pronatec e, também, que o programa possa
trabalhar com instituições privadas para aumentar a oferta”, declarou.
Para o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves, as
solicitações do ministro são importantes. “Defendo que esta Casa faça o
que tem de fazer, que é ser protagonista das grandes ações e decisões em
favor do Brasil e da educação no país”.
fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.b
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