A
referida data foi instituída na Câmara Municipal de Feira de Santana
através de um projeto de autoria do ex-vereador Capitão Germano Correia.
“Será que existe consciência
policial? Eu atrevo-me a dizer que não existe, mas essa data é simbólica
e precisa ser lembrada e comemorada”. A declaração é do soldado da
Polícia Militar João Carlos dos Santos de Assis, palestrante do evento.
Ele
informou que em 5 de julho de 2001 foi deflagrada uma greve de
policiais militares no estado da Bahia, que durou 13 dias, onde a
corporação reivindicou do Governo Estadual melhores condições de
trabalho e reajuste salarial. Assis fez um breve relato dos principais
fatores que ocorreram antes, durante e após o movimento grevista.
Entre
os pontos negativos, o palestrante destacou a expulsão de 68 policiais
militares da corporação e a prisão dos principais líderes do movimento.
Insatisfação
O
soldado Assis afirmou que muitos policiais militares se sentem
desvalorizados e aproveitou o ensejo para destacar uma pesquisa da
Fundação Getúlio Vargas, do ano de 2009, que revela que 72% dos
policiais estavam insatisfeitos com a profissão, 40% admitiam a
possibilidade de fazer concurso público para exercer outra atividade e
9% declararam que dificilmente permaneceriam na corporação.
O
palestrante salientou que é vedado aos homens e mulheres da Polícia
Militar o status de cidadãos, criando-se a estes um conflito de
identidade entre o policial militar/cidadão.
“Apesar
de viverem num país tido como democrático, os praças ao entrarem na
corporação fazem um juramento de tributarem o próprio sangue na defesa
de terceiros, no qual direitos fundamentais a todos os cidadãos
brasileiros são vedados a eles. No aspecto legal, esta vedação viola a
Declaração Universal dos Direitos Humanos, já que o Brasil é signatário,
fere desta forma a questão humana dos policiais militares que muitas
vezes é esquecida”, pontuou.
A sessão
especial foi conduzida pelo presidente da Casa da Cidadania, Justiniano
França e o 1º secretário da Câmara, Roque Pereira, que compuseram a
mesa ao lado do soldado João Carlos dos Santos de Assis; da
subcomandante da Guarda Municipal de Feira de Santana, Cristina Renata
Lima Pires; e do secretário Municipal de Prevenção a Violência, Mauro
Moraes.
O evento também foi
prestigiado pelos vereadores Correia Zezito, Welligton Andrade, Alberto
Nery, Carlito do Peixe e José Carneiro; além de soldados e oficiais da
Polícia Militar; profissionais de imprensa e pessoas da comunidade.
fonte: www.camarafeiradesantana.ba.gov.b
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