
Hoje falamos repetidamente que família é o nosso problema número um. A
família tem sido atacada vigorosamente pelas perigosas filosofias
pós-modernas. Os fundamentos têm sido destruídos (Salmos 11.3). Estamos
vivendo no meio da era pós-moderna, onde os valores absolutos das
escrituras não estão sendo observados, mas repudiados. O que temos hoje
não é apenas um comportamento imoral, mas a perda de critérios morais.
Estamos enfrentando não apenas um colapso moral, mas um colapso de
significado. Não há absolutos. Gene Edward Veith ainda afirma que, se
não há absolutos, se a verdade é relativa, então não pode existir
estabilidade, conseqüentemente, a vida perde o sentido.
O inevitável resultado do relativismo deste tempo é a falência dos
valores morais, a fraqueza da família e o aumento espantoso da
infidelidade conjugal. Valores relativos acompanham o relativismo da
verdade. Em 1969, bem no meio da “revolução sexual, 68% dos americanos
acreditavam que relação sexual antes do casamento era errada. Em 1987,
mesmo a despeito do surto da AIDS, somente 46% acreditavam que o sexo
antes do casamento era errado. Em 1992, somente 33% rejeitavam o sexo
pré-marital. Infidelidade conjugal tem sido uma marca da sociedade
contemporânea. Segundo algumas estimativas, 50 a 65% dos maridos e 45 a
55% das esposas têm sido infiéis até os 40 anos. Outros identificam que
26 a 70% das mulheres casadas e 33 a 75% dos homens casados têm se
envolvido em casos extraconjugais, que têm sido não apenas comuns, mas
altamente destrutivos”.
Divórcio tem sido estimulado como solução. Comentaristas sociais são
notórios em afirmar que metade dos casamentos nos Estados Unidos termina
em divórcio. Contudo, divórcio não é uma sábia solução para casamentos
em crise, mas um sério agravante, um outro problema que na maioria das
vezes, traz profundo sofrimento e frustração.
A psicóloga Diane Medved, diz que os casais estão chegando à
conclusão que o divórcio é mais danoso do que enfrentar as crises
juntos. As conseqüências e as seqüelas do divórcio são devastadoras a
curto, a médio e a longo prazo. Há muitos casais e filhos arrebentados
emocionalmente pelo divórcio. A presença de casamentos em crise,
casamentos quebrados e até mesmo do divórcio está aumentando não apenas
entre os não cristãos, mas também dentro das comunidades evangélicas. Há
também, muitos líderes religiosos enfrentando divórcio. Isso é uma
realidade que não pode ser negada. Contudo, à luz das Escrituras
Sagradas, o divórcio não é a solução divina para a crise do casamento.
Não é sensato fugir do problema em vez de enfrentá-lo. De fato não
existe casamento perfeito. Não há casamento sem problemas. Todo
casamento exige renúncia e adaptação. Nenhum casamento sobrevive sem
perdão e restauração. Muitas pessoas hoje estão discutindo e procurando
divorciar antes de entender o que as Escrituras ensinam sobre casamento.
Casamento não é uma união experimental. A aliança conjugal não
termina quando as crises chegam. Só duas cláusulas de exceção para o
divórcio nas Escrituras: a infidelidade conjugal (Mateus 19.9) e o
abandono (1 Coríntios 7.15). Divórcio por quaisquer outros motivos e
novo casamento constitui-se em adultério (Mateus 5.32).
Como, então, enfrentar crises no casamento sem pensar em desistir?
Reconhecendo que o casamento não é uma invenção humana, mas uma instituição divina
O casamento não é um expediente humano. O próprio Deus estabeleceu, instituiu e ordenou desde o início da história humana. Gênesis 2.18-24 revela que o casamento nasceu do coração de Deus quando não havia ainda legisladores, nem leis, nem Estado, nem igreja. Casamento é um dom de Deus para o homem e a mulher. Deus não apenas criou o casamento, mas também o abençoou (Gênesis 1.28). qualquer esforço de atentar contra os princípios estabelecidos para o casamento conspira contra Deus, que o instituiu. Por isso, Ele odeia o divórcio (Malaquias 2.14).
O casamento não é um expediente humano. O próprio Deus estabeleceu, instituiu e ordenou desde o início da história humana. Gênesis 2.18-24 revela que o casamento nasceu do coração de Deus quando não havia ainda legisladores, nem leis, nem Estado, nem igreja. Casamento é um dom de Deus para o homem e a mulher. Deus não apenas criou o casamento, mas também o abençoou (Gênesis 1.28). qualquer esforço de atentar contra os princípios estabelecidos para o casamento conspira contra Deus, que o instituiu. Por isso, Ele odeia o divórcio (Malaquias 2.14).
Reconhecendo a natureza do casamento
Quando Jesus foi questionado pelos fariseus sobre o divórcio (Mateus
19.3-4), Ele não discutiu antes de falar sobre a natureza do casamento,
de acordo com os princípios estabelecidos na própria criação (Mateus
19.4-8).
De acordo com o padrão absoluto de Deus, estabelecido na criação, o
casamento em primeiro lugar é heterossexual (Gênesis 1.27). União
homossexual é abominação para Deus (Levítico 18.22; Romanos 1.24-28).
Em segundo lugar, o casamento é monogâmico (Gênesis 2.24).
Em terceiro lugar, o casamento é monossomático (Gênesis 2.24). João
Calvino disse que a união do casamento é mais sagrada e mais profunda do
que a união que liga os filhos aos pais. Nada senão a morte pode
separá-los.
Em quarto lugar, o casamento é indissolúvel (1Coríntios 7.3). Jesus
afirmou que marido e mulher não são mais dois, mas uma só carne e o que
Deus uniu o homem não pode separar(Mateus 19.6). Divórcio, portanto, é
uma rebelião contra Deus e seus princípios.
Em quinto lugar, o casamento não é compulsório. O celibato é um dom
de Deus, não uma imposição ( Coríntios 7.32-35). Embora a razão do
casamento seja para resolver o problema de solidão, Deus chamou para
serem uma exceção à sua própria norma (Gênesis 2.18,24; Mateus 19.11-12;
1 Coríntios 7.7).
Reconhecendo que em Deus podemos superar as crises do casamento sem azedar o coração
Jesus disse para os fariseus que o divórcio nunca foi uma ordenança
divina, mas uma permissão, e isso, por causa da dureza dos corações
(Mateus 19.7-8). O divórcio ocorre por que os corações estão
endurecidos. Dureza de coração é a indisposição de obedecer a Palavra de
Deus. É a indisposição de perdoar, restaurar e recomeçar o
relacionamento conjugal de acordo com os princípios de Deus. De acordo
com Jesus, o divórcio jamais é compulsório, onde existe espaço para o
perdão. Divórcio é conseqüência do pecado, não é uma expressão da
vontade de Deus. Perdão e restauração são melhores que o divórcio.
Divórcio não é compulsório nem em caso de adultério. Restauração é
sempre o melhor.
Concluindo, ressaltamos que a igreja precisa dar ênfase à famílias
fortes. Casamentos estáveis resultam em famílias, igrejas e sociedades
saudáveis. A solução para o casamento e para a família não está nos
modelos falidos da sociedade pós-moderna, mas eterna e infalível Palavra
de Deus. O mesmo Deus que instituiu o casamento tem solução para os
casamentos em crise. Somente Deus pode curar relações quebradas,
trazendo esperança onde os sonhos já morreram; trazendo vida, onde as
sombras da morte já escurecem os horizontes; trazendo cura e
restauração, onde as feridas estão cada vez mais doloridas. O grande
desafio para a igreja e sociedade contemporânea é retornar para Deus e
obedecer aos seus mandamentos. O mesmo Deus que criou o casamento tem
solução para ele. Deus é o criador, sustentador e restaurador do
casamento. Quando Ele reina no casamento, o divórcio não tem espaço.
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Fonte: Artigo escrito pelo Rev. Hernandes Dias Lopes, pastor
titular da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória-IPB. Publicado no
site www.ejesus.com.br.
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