NOVA YORK e RIO — A Motorola Mobility lançou nesta quinta-feira o
smartphone Moto X, o primeiro grande produto criado pela companhia desde
sua aquisição pela Google, em maio de 2012. Para a firma do Android, o
celular tem o dever de provar que os US$ 12,5 bilhões investidos na
compra valeram à pena. O aparelho é voltado para os consumidores mais
exigentes, concorrendo com os modelos mais caros de Apple e Samsung.
Embora seu hardware não seja páreo para os rivais, a Motorola introduziu
novidades criativas na tentativa de compensar a desvantagem.
—
Isso representa o relançamento da Motorola. Um ano atrás, uma equipe da
Google sentou diante de uma lousa e perguntou: “O que a gente quer
criar? Como vamos torná-lo diferenciado?” E aqui está ele! — celebrou
Dennis Woodside, diretor-executivo da Motorola Mobility, em evento em
Nova York.
A tela do Moto X é de 4,7 polegadas, enquanto a do
iPhone 5 ocupa quatro polegadas e a do Galaxy S4, cinco. Mas o display
AMOLED não é Full HD como o dos rivais, tendo definição de 720p em vez
da top de linha 1080p. Mesmo assim, especialistas em tecnologia estão
dizendo que a escolha de um tamanho intermediário deve agradar aquela
(considerável) parcela do mercado que lamenta o exíguo display do iPhone
mas não gostaria de carregar no bolsa do jeans o “gigante” S4.
O
processador principal do Moto X é um Snapdragon S4 Pro, da Qualcomm, com
apenas dois núcleos, enquanto o S4 vem com quatro e, em alguns
mercados, até com oito núcleos de processamento. Mas entre as
características “diferenciadas” que a Google buscava está um sistema
multichip chamado X8 que se orgulha de conservar a bateria por um dia
inteiro ao trazer dois processadores auxiliares que trabalham em tarefas
corriqueiras (notificações de mensagens, serviço de localização etc.)
enquanto o chip principal descansa.
A câmera traseira é de 10
megapixels, enquanto a do iPhone 5 é de 8MP e a do S4, de 13 MP. Mas ela
conta com um sistema inteligente que permite acioná-la simplesmente
balançando o aparelho. Depois que a câmera está ligada, basta tocar
qualquer região da tela para fotografar. Toda a operação pode ser
concluída em apenas dois segundos, diz a Motorola.
Um dos pontos
fortes do novo aparelho é o de comandos por voz. Mesmo quando o Moto X
estiver bloqueado e parado sobre uma mesa, seu dono poderá, por exemplo,
abrir o Google Maps ou ditar uma mensagem simplesmente pronunciando as
palavras mágicas “OK Google now”. Não é preciso mover um dedo para ser
atendido. No iPhone, por sua vez, o Siri, assistente pessoal capaz de
reconhecer comandos de voz só é acionado depois que o usuário pressiona
um botão.
O sistema operacional do Moto X é Android 4.2.2 (Jelly Bean). Sua memória RAM é de 2 GB e ele oferece conectividade 4G.
Diferentemente
de concorrentes como iPhone e Galaxy, fabricados na Ásia, o Moto X será
produzido em uma nova planta no Texas, EUA. Por causa disso, os
consumidores americanos poderão customizar várias características do seu
design por meio do site Moto Maker. Será possível alterar a cor de sua
parte traseira emborrachada, escolher detalhes da lente da câmera e até
gravar uma mensagem personalizada no corpo do telefone. Segundo a
fabricante, mais de 500 combinações são possíveis. Mas a regalia só
estará disponível para clientes da operadora AT&T.
O Moto X
estará à venda nos EUA e no Canadá entre o fim de agosto e o início de
agosto. O celular custará US$ 199 (versão com capacidade de armazenar
16GB) ou US$ 249 (32GB) nas cinco maiores operadoras americanas quando
atrelado a um plano de dois anos. A Motorola Mobility informou que ainda
não tem data para lançá-lo no Brasil.
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