Acumulando uma alta de preços de 122,13% em 12 meses, o tomate se
tornou joia rara na mesa do brasileiro, principalmente no início do ano,
mas começa a dar sinais de que vai voltar ao cardápio. A alta de 20,17%
registrada em fevereiro caiu para 6,14% em março, segundo o Indíce
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estística (IBGE) nesta quarta-feira (10).
O IPCA, que mede a inflação oficial do país, em março marcou 0,47%,
menos que o registrado em fevereiro, 0,60%, e foi o menor índice desde
agosto de 2012, quando chegou a 0,41%. Mas no acumulado de 12 meses
somou 6,59%, acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco
Central, de 6,5%.
Eulina Nunes dos Santos, coordenadora da Coordenação de Índices de
Preços do IBGE, explica que sendo uma das culturas mais suscetíveis às
mudanças climáticas, o tomate vem sofrendo desde meados do ano passado
com secas e chuvas. Mas segundo a gerente, além de parte da safra deste
ano já estar no mercado, a previsão do próprio IBGE é que a safra de
cereais, oleaginosas e leguminosas de 2013 seja 12% maior que a do ano
anterior e as condições do clima para este ano são melhores.
"A previsão é de que o arroz tenha uma safra 5% maior que a do ano
passado, e a de soja, 23%", disse Eulina, ressaltando ainda que a
desoneração da cesta básica já pode estar ajudando a conter a alta de
alguns produtos.
fonte: G1
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