Nesta
quarta-feira (31), minutos antes da entrevista que explicaria as novas
mudanças estabelecidas pela portaria do Ministério da Saúde com novas
regras para a realização de cirurgias de mudança de sexo pelo Sistema
Único de Saúde (SUS), o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu a
ligação do presidente da Assembleia de Deus no Brás, pastor Samuel
Ferreira, pedindo a suspensão das regras.
As explicações seriam
dadas pelo Secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Miranda Magalhães,
que assinou a portaria. O argumento da assessoria foi que houve um
problema na agenda de Helvécio. Um dos assessores da pauta já estava até
repassando informações sobre os novos procedimentos estabelecidos pela
portaria, mas foi interrompido com a notícia da suspensão das
alterações.
Samuel Ferreira teria entrado em contato com Padilha
assim que soube das novas regras e exigiu a retirada imediata da
portaria. O líder também chamou de “desrespeito à comunidade evangélica
no Brasil” e alertou que o governo perderia o apoio da Assembleia de
Deus se permitir as mudanças.
“Esta portaria é absurda, um
desrespeito à comunidade evangélica no Brasil. Além do uso de dinheiro
público para privilegiar tratamentos duvidosos, o Palácio do Planalto
criaria uma crise entre governo e evangélicos, pois não aceitaríamos
mais este tipo de atitude do governo”, disse o líder.
Nas mudanças
estabelecidas pela portaria o SUS forneceria tratamento para mudança de
sexo a partir dos 18 anos e não mais dos 21 anos, e a partir dos 16
anos para os pacientes com autorização de psicólogos e médicos, caso
tivesse interesse na cirurgia.
Além disso, a portaria, agora
anulada, previa também a mudança de sexo de mulher para homem. A mudança
de sexo de um homem para uma mulher já ocorre desde 2008. A portaria
também previa as cirurgias para dar aspectos mais masculinos ou
femininos aos pacientes como a tireoplastia (redução do Pomo de Adão nos
homens), a mastectomia simples bilateral (retirada dos seios) e
histerectomia (retirada do útero e ovários).
Para o líder
assembleiano a situação de crise entre governo e evangélicos poderia
piorar caso o Ministério da Saúde não suspendesse a portaria.
“Liguei
para o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e sugeri que a portaria
deveria ser extinta para não piorar a crise entre governo e
evangélicos”, explicou Samuel.
Em nota, o Ministério da Saúde
informou que reunirá especialistas “para definir os critérios de
avaliação do indivíduo, de obtenção da autorização dos pais e
responsáveis, no caso de faixa etária específica, e de acompanhamento
multidisciplinar ao paciente e aos seus familiares”.
fonte: http://noticias.gospelprime.com.br
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