Um porta-voz da concessionária BMW Autofraft, na Barra da Tijuca, Zona
Oeste do Rio, falou na tarde desta quarta-feira (23) sobre a acusação de
que um funcionário da loja teria agido de maneira preconceituosa ao se
dirigir ao filho negro e adotivo de um casal. O porta-voz negou que a
criança tenha sido vítima de racismo. O funcionário foi liberado do
trabalho nesta quarta, conforme mostrou reportagem da GloboNews.
“Após o incidente, o gerente esclareceu que, por vezes, circulam
crianças desacompanhadas na loja. Elas entram e tentam vender uma bala.
Ele foi inábil no exemplo, mas essa criança não sofreu nenhum ato
discriminatório de racismo ou preconceito”, justificou Marcelo Bastos,
porta-voz.
De acordo com a professora Priscilla Celeste, mãe do menino de sete
anos, enquanto ela e o marido conversavam com o gerente de vendas sobre
os carros, foram surpreendidos com uma atitude preconceituosa do gerente
quando a criança se aproximou dos três.
“Quando ele viu meu filho do lado do meu marido disse para que ele
saísse da loja. Antes que ele pudesse concluir a frase, eu peguei meu
filho pela mão e saí. Foi quando meu marido disse que aquele menino era o
nosso filho”, contou Priscilla.
Priscilla mandou e-mail para a BMW, que pediu desculpas pelo episódio,
mas deixou claro que não responde pela concessionária. Na troca de
e-mails com a loja, ela também recebeu um pedido de desculpas pelo o que
a concessionária chamou de "mal-entendido".
A família não está satisfeita e alega que um crime não pode ser
considerado um mal-entendido. Eles promoveram uma campanha no Facebook “Preconceito racial não é mal-entendido”.
A página, que até a noite de terça-feira (22) contava com 230 pessoas
que tinham "curtido", nesta quarta-feira possui quase 33 mil "curtidas".
fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro
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