Em tom
enérgico, a presidente Dilma Rousseff reagiu nesta quarta-feira, em
cadeia de rádio e televisão, à previsão de racionamento ou de aumento no
custo da energia para o ano que vem e anunciou
que a partir de amanhã a tarifa de energia elétrica sofrerá um desconto
de 18% para o consumidor doméstico e 32% para o consumidor produtivo.
Dilma havia anunciado redução média de 20,2% em setembro do ano passado e
a promessa foi colocada em xeque quando o nível dos reservatórios das
hidrelétricas chegou ao nível mais baixo em 10 anos.
"Acabo de assinar o ato que coloca em vigor a partir de amanhã uma forte redução na conta de luz de todos os brasileiros.
Além de estarmos antecipando a entrada em vigor das novas tarifas,
estamos dando o índice de redução maior que o previsto e já anunciado",
declarou a presidente, referindo-se a um decreto e uma medida
provisória, que serão publicados amanhã no Diário Oficial da União.
"Com
essa redução de tarifa, o Brasil, que já é uma potência energética,
passa a viver uma situação ainda mais especial no setor elétrico. Somos
agora um dos poucos países que está ao mesmo tempo baixando o custo da
energia e aumentando sua produção elétrica", garantiu Dilma.
No
anúncio, Dilma prometeu também que a produção de energia deve aumentar
mais de 7% com a entrada de novas usinas e linhas de transmissão no
sistema elétrico. Para os próximos 15 anos, a presidente projetou que a
capacidade instalada, hoje de 121 mil megawatts, deverá dobrar e será
suficiente para garantir o crescimento nesse horizonte.
"Significa
que o Brasil tem e terá energia mais que suficiente para o presente e
para o futuro, sem nenhum risco de racionamento ou de qualquer tipo de
estrangulamento no curto, no médio ou no longo prazo", afirmou.
Ao
mesmo tempo, com a entrada em operação de novas usinas e linhas de
transmissão, vamos aumentar em mais de 7% nossa produção de energia. E
ela irá crescer ainda mais nos próximos anos. Esse movimento
simultâneo nos deixa em situação privilegiada no mundo. Isso significa
que o Brasil vai ter energia cada vez melhor e mais barata.
Desconto valerá para consumidores de Estados que boicotaram plano
Sem
dar detalhes, a presidente Dilma Rousseff aproveitou o pronunciamento
para garantir que o desconto na tarifa de energia se estenderá a todos
os consumidores, inclusive os de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e
Goiás, cujas concessionárias não aderiram às condições do governo para a
redução de tarifas.
"Aproveito para esclarecer que os cidadãos
atendidos pelas concessionárias que não aderiram ao nosso esforço terão
ainda sim sua conta de luz reduzida, como todos os brasileiros. Espero
que até breve até mesmo aqueles que foram contrários à redução da tarifa
venham a concordar com que estou dizendo", afirmou a presidente.
Originárias
de estados de governo tucano, as concessionárias Cesp (São Paulo),
Cemig (Minas Gerais), Copel (Paraná) e Celg (Goiás) recusaram as
condições impostas pelo governo para antecipação dos contratos.
fonte: http://www.jb.com.br/economi
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